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Ibovespa fecha em queda após novo ruído político; dólar sobe a R$ 5,19

Bolsa recuou 0,82%, aos 107.829 pontos, depois de oscilar entre 107.233 e 109.037 pontos; o volume de negócios do dia foi de R$ 22,50 bilhões

Investidor analisa gráfico no celular

Os investidores também ficaram de olho na ata do Copom e nas falas do presidente do Fed, Jerome Powell | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, com os investidores analisando a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powel e do Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

A Bolsa recuou 0,82%, aos 107.829 pontos, depois de oscilar entre 107.233 e 109.037 pontos. O volume de negócios do dia foi de R$ 22,50 bilhões. Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula perdas de 1,74% ao ano e queda de 4,94% em fevereiro.

Segundo Marcus Labarthe, da GT Capital, a Bolsa, que iniciou o dia com normalidade, foi mudando ao longo do dia com algumas falas. Ele lembrou que Powell afirmou que mais altas de juros provavelmente serão necessárias, em meio aos dados fortes do mercado de trabalho. “O banqueiro também disse que espera que 2023 seja um ano de queda na inflação e que a desinflação já começou sem prejudicar o mercado de trabalho”, afirmou.

No entanto, o ruído maior que fez o Ibovespa retornar para o terreno negativo, veio com as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Labarthe, Lula voltou a falar de forma dura sobre a taxa de juros no Brasil, em que expressou o descontentamento como presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

“Ele disse que, para a economia crescer, os juros precisam ser acessíveis. Ainda comentou que espera que Haddad (Fernando) e Tebet (Simone) estejam acompanhando a questão do BC. Na minha visão, foram falas fortes contra Campos Neto e atacando a independência do BC no Brasil’, ressaltou. 

Entre os piores desempenhos do dia, os destaques foram Locaweb, que derreteu 6,72%, BRF e Marfrig, que fecharam em queda forte de 6,83%e 4,87%, respectivamente. Completam a lista o Banco Pan, com recuo de 5.09%, e Via Varejo, que perdeu 4,09%.

Já no ranking de maiores altas, Embraer foi o papel que mais subiu, com alta de 3,22%. Metalúrgica Gerdau avançou 1,77%, Hapvida, 1,52%, Gerdau, com ganhos de 1,62% e Minerva, que evoluiu, 1,71%.

17h Dólar fecha em alta de 0,50%, vendido a R$ 5,19, depois de oscilar entre R$ 5,13 e R$ 5,20. Com o resultado desta sessão, a moeda americana acumula alta de 2,46% no mês. No ano, no entanto, ainda tem perda de 1.50%. Já o Ibovespa se mantém no campo negativo e recua 0,73%, aos 107.333 pontos.

16h39 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, avaliou que a economia brasileira vai crescer mais do que as atuais projeções. “Precisamos começar a financiar os setores que queremos privilegiar, médios e pequenos empreendedores e empresas”, declarou, em café da manhã com a “mídia independente”.

Ele disse que a ordem de financiamento deve valer para todo o governo, incluindo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Banco do Nordeste. “Acho que é assim que a gente vai dar o primeiro salto na nossa roda gigante para ela começar a gerar o emprego que nós precisamos”, acrescentou.

Lula afirmou que “credibilidade, estabilidade e previsibilidade”, tríade usada por ele durante a campanha, têm que estar na ordem do dia. “As pessoas precisam confiar que o que anuncia vai acontecer, o governo tem que dar sinais”, afirmou o presidente, em meio à ofensiva sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. (AE)

16h22 O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que caso a economia dos Estados Unidos continue dando sinais fortes, a autoridade terá de seguir elevando as taxas de juros no país.

“Se os dados continuarem a chegar mais fortes do que esperamos, e concluirmos que precisamos aumentar as taxas mais do que é cotados no mercado… então, certamente faríamos isso, certamente poderíamos aumentar mais as taxas”, afirmou Powell, durante evento promovido pelo Clube Econômico de Washington, nesta terça-feira.

Ele reforçou a mensagem após a reunião de política monetária da semana passada, quando o Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) antecipou que aumentos contínuos das taxas seriam apropriados.

Powell afirmou que a política ainda não está “suficientemente restritiva”, mas que as condições financeiras estão mais alinhadas após o payroll (dado de emprego) de janeiro.

“Estamos tentando alcançar uma postura de política que seja suficientemente restritiva, para reduzir a inflação para 2%… E achamos que ainda não conseguimos isso. E agora tivemos o relatório do mercado de trabalho (de janeiro) e acho, que as condições financeiras estão muito mais alinhadas do que antes”, avaliou o dirigente. (AE)

15h42 Bolsa aprofunda queda e perde 1,22%, aos 107.400 pontos. Já o dólar volta ao campo positivo. A moeda americana sobe 0,48%, vendida a R$ 5,19.

14h55 Bolsa recua 0,39%, aos 108.301 pontos. Já o dólar inverte a rota e passa a cair levemente. Moeda americana perde 0,10%, vendida a R$ 5,16.

14h41 O dólar se mantém em alta nesta terça-feira. A moeda americana sobe 0,82%, vendida a R$ 5,18. A Bolsa recua forte, aos 107.801 pontos, em baixa de 0,85%.

12h32 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta terça-feira, 7, a autonomia do órgão e afirmou que visa principalmente desvencilhar o ciclo de política monetária do ciclo político, porque os dois ciclos têm “diferentes lentes e diferentes interesses”.

Em meio às críticas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a autonomia do BC, o nível dos juros e das metas de inflação, Campos Neto também argumentou que a independência aumenta a eficiência da política monetária e, assim, reduz o custo da alta de juros para a população.

“Acho que é muito importante por diferentes razões. A principal razão, no caso da autonomia do BC, é desconectar o ciclo de política monetária do ciclo político, porque eles têm diferentes lentes e diferentes interesses. Quanto mais independente você é, mais efetivo você é, e menos o País vai pagar em termos de custo-benefício da política monetária”, disse Campos Neto, em palestra no evento 2023 Milken South Florida Dialogues, em Miami (EUA), após ser questionado sobre os benefícios da autonomia. (AE)

12h24 Bolsa aprofunda queda e perde os 108 mil pontos. Ibovespa cai 0,77, aos 107.886 pontos. Dólar sobe 0,54% e é vendido a R$ 5,20.

11h44 Ibovespa tem leve queda de 0,23%, aos 108.471 pontos. Vale e Petrobras operam no campo positivo. Mineradora sobe 0,84% e estatal (PETR4) 0,85%. Dólar segue em alta e é vendido a R$ 5,19, com ganhos 0,96%.

11h43 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 7, que a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) é melhor que o comunicado da semana passada. Segundo ele, o documento publicado nesta terça pelo Banco Central (BC) trouxe pontos importantes sobre o trabalho que está sendo feito pelo Ministério da Fazenda.

“Hoje a ata do Copom veio melhor que o comunicado. A ata foi mais extensa, mais analítica, colocando pontos importantes sobre o trabalho da Fazenda. A ata foi mais amigável em relação aos próximos passos que precisam ser tomados. Considero que a ata deu um passo e é melhor que o comunicado”, disse o ministro. (AE)

11h20 O déficit comercial dos Estados Unidos teve alta de 10,5% em dezembro ante novembro de 2022, a US$ 67,42 bilhões, segundo dados publicados nesta terça-feira, 7, pelo Departamento do Comércio americano.

O resultado, porém, ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam déficit de US$ 68,5 bilhões em dezembro.

Já o saldo negativo da balança de novembro foi revisado para baixo, de US$ 61,51 bilhões para US$ 61,02 bilhões.

As exportações dos EUA caíram 0,9% na comparação mensal de dezembro, a US$ 250,15 bilhões, enquanto as importações subiram 1,3% no período, a US$ 317,57 bilhões. (AE)

11h04 Dólar se mantém no terreno positivo e sobe 0,49%, vendido a R$ 5,17. Ibovespa opera quase na estabilidade, em leve queda de 0,06%, aos 108.644 pontos.

10h25 Após abrir em alta moderada, Ibovespa vira para o vermelho e recua 0,52%, aos 108.158 pontos, com o mercado repercutindo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Já o dólar se firma no campo positivo é é vendido a R$ 5,17, em alta de 0,60%.

10h06 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em alta moderada nesta terça-feira. O índice sobe 0,15%, aos 108.884 pontos. Na véspera, a Bolsa subiu 0,18%, aos 108.721 pontos, depois de oscilar entre 107.415 e 108.743 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,27 bilhões.

Com o resultado, o índice acumula perdas 0,92% ao ano e queda de 4,15% em fevereiro.

O dólar opera em estabilidade em leve alta de 0,03%, vendido a R$ 5,14.

9h15 O dólar opera entre perdas e ganhos com o mercado repercutindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A moeda americana recua 0,61%, vendida a R$ 5,14.

No dia anterior, o dólar teve alta de 0,49% e fechou vendido a R$ 5,17, mas chegou a bater R$ 5,21 no decorrer do pregão. Com o resultado, acumula alta de 1,96% no mês. No ano, no entanto, ainda tem perda de 2%.

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada na manhã desta terça-feira, 7, o Comitê indicou que a projeção para o IPCA de 2023 está em 5,6% no cenário de referência. Para 2024, a projeção para o IPCA está em 3,4%.

Além disso, o BC projeta 3,6% para o IPCA em 12 meses no terceiro trimestre de 2024, horizonte a que tem dado ênfase.

Todas as projeções já constavam no comunicado da semana passada, quando o Copom manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 13,75% ao ano pela quarta vez seguida.

“O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual”, repetiu o BC na ata.

No documento, o BC repetiu que “se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação”.

Também voltou a alertar que “não hesitará” em retomar o ciclo de alta, caso a desinflação não ocorra como esperado.

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