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Bolsa fecha estável diante de incertezas políticas; dólar sobe a R$ 5,31

Ibovespa fechou aos 103.737 pontos em estabilidade (-0,01%), depois de oscilar entre 103 mil e 10,4 mil pontos, com volume financeiro de R$ 28,4 bilhões

Investidor analisa gráfico no celular

O mercado ficou atento às discussões para a aprovação da PEC da transição na Câmara e da Lei das Estatais no Senado | Foto: Getty Images

Fechamento: Depois de passar boa parte do dia no patamar de 104 mil pontos, o Ibovespa perdeu força na reta final do pregão e fechou aos 103.737 pontos em quase estabilidade, com variação de 0,01%. A Bolsa oscilou entre 103.014 e 105.482 pontos. O volume financeiro da sessão foi de R$ 28,4 bilhões. Com o resultado desta sessão, o Ibovespa acumula queda de 7,78% em dezembro e no ano, as perdas somam 1,04%.

Os acontecimentos políticos ditaram o ritmo do mercado hoje. As negociações para a votação da PEC da transição na Câmara dos Deputados andaram de lado, após reunião entre o deputado petista, José Guimarães e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP). E com o recesso legislativo à vista, a aprovação do texto fica cada vez mais apertada. A PEC foi aprovada no Senado e prevê um gasto extrateto de R$ 145 bilhões.

No Senado, a alteração da Lei das Estatais, votada na Câmara na véspera, vai a plenário no próximo ano. Isso deu força para os papéis das estatais no Ibovespa. Banco do Brasil e Petrobras, que no dia anterior, haviam despencado, fecharam em alta. A petroleira subiu 2,52% (PETR4) e 2,80% (PETR3) e o banco, 2,41%.

A Petrobras, inclusive ficou entre as maiores altas do dia. Completam o ranking de melhores desempenhos, a Marfrig, com 4,53%, Cielo, 3,49%, IRB-BR, 4,29% e Dexco que subiu, 3,08%.

No lado negativo, a Gol liderou as perdas, após anúncio de greve de pilotos e comissários na próxima segunda-feira, 19. A aérea perdeu 6,35%, seguida pela Braskem, que caiu 4,61%, CVC, com 5,24%, Usiminas, 3,94% e BRF, 3,78%.

Lá fora, os índices americanos tiveram um dia de perdas significativas, um dia após a alta dos juros nos EUA pelo Fed e um discurso mais contracionista do presidente da instituição, Jerome Powell. Dow Jones recuou 2,25%, S&P 500, 2,48% e Nasdaq, 3,23%.

17h40 Ibovespa vira para a queda no final do pregão e perde os 104 mil pontos. Bolsa recua levemente a 0,20%, aos 103.539 pontos.

17h05 Dólar fecha em leve alta nesta quinta-feira, em meio às altas de juros pelo mundo. Moeda americana subiu 0,28%, vendida a R$ 5,31, depois de oscilar entre R$ 5,28 e R$ 5,34. Com o resultado, a divisa acumula alta de 2,2% no mês. No ano, tem queda de 4,62%.

“Com juros mais altos lá fora, como consequência temos o dólar se valorizando, com investidores migrando para os EUA”, disse, Rodrigo Cohen, da Escola de Investimentos. Ontem, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou a taxa de juros pela quinta reunião consecutiva, desta vez em 0.5 ponto percentual. Com isso, o intervalo de juros nos Estados Unidos passa a ser de 4,25% a 4,5% ao ano.

Nesta manhã, bancos centrais de países europeus também ajustaram suas taxas de juros. Na Inglaterra, os juros subiram 0,5 p.p., a 3,50% ao ano. Na Suíça, o banco central também subiu os juros em 0,5 p.p., a uma taxa de 1,0% ao ano.

16h Petrobras e Vale perdem o fôlego e sobem perto de 1%. A estatal avança 0,84% (PETR4) e a mineradora evolui 0,53%. Com isso, Ibovespa também sobe com menos força a 0,40%, a 104.160 pontos.

14h25 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 15, que o BC não tem como trabalhar com um projeto de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição que ainda não foi aprovado, mas ressaltou que é preciso pensar nos impactos da proposta sobre a dívida.

“Trabalhamos com gasto acima do teto de R$ 130 bilhões em 2023, mas temos que ver o que será aprovado”, afirmou.

Campos Neto disse também que a incerteza fiscal no Brasil levou o mercado a retirar as expectativas de corte de juros e inclusive passar a prever elevação da taxa no cenário futuro. “O mercado reagiu ao fiscal removendo quedas de juros na curva e inserindo altas”, destacou.

E completou: “Dizíamos que estávamos confortáveis com uma expectativa de mercado na curva do Focus de corte de juros em junho, mas aconteceu muita coisa desde então. Houve volatilidade recente de juros no Brasil e no mundo e, mais recentemente, houve uma sensibilidade de fiscal que no Brasil foi mais acentuada.” (AE)

14h15 Vale, Petrobras e Banco do Brasil operam em alta e puxam Ibovespa para o terreno negativo. Bolsa sobe de forma moderada de 0,47%, aos 104.237 pontos. Petrobras avança 1,02% (PETR4) e 1,15% (PETR3), a Vale evolui 0,46% e BB, 2,03%. Dólar é vendido a R$ 5,29, com ganhos de 0,37%.

12h31 Bolsa perde os ganhos e volta para os 103 mil pontos. A Bolsa opera quase estável em leve alta de 0,01%, aos 103.757 pontos. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, falou hoje em São Paulo, durante o Natal dos Catadores, que tem como meta de governo trazer o pobre para o orçamento. “Não se cuida do pobre se ficarmos olhando a política fiscal do governo ou o orçamento. Sempre haverá alguma prioridade a mais do que o pobre”, disse.

12h12 Ibovespa reduz ganhos e retorna aos 104 mil pontos. Bolsa sobe 0,82%, aos 104.587 pontos. Petrobras e Banco do Brasil operam em dia de recuperação. Petroleira sobe com menos força no momento a 2,75% (PETR4) e 3,05% (PETR3). Já o BB tem ganhos consistentes de 3,38%. Dólar se valoriza 0,94%, vendido a R$ 5,32.

11h47 Ainda não há acordo para votação do Projeto da Lei das Estatais no Senado nesta quinta-feira, 15. A proposta foi aprovada na calada da noite pela Câmara na última terça, 13. Até 11 horas, o Projeto de Lei sequer constava no sistema da Casa.

O texto da Câmara reduziu de 36 meses para 30 dias o período que uma pessoa que tenha atuado em campanha eleitoral ou estrutura partidária precisa passar em quarentena para tomar posse em cargo de direção em empresa pública ou sociedade de economia mista. Também vale para estatais e agências reguladoras.

O assunto tem sido acompanhado com atenção e apreensão pelo mercado financeiro, que teme o retorno das indicações políticas sem barreiras para cargos de alto escalão em empresas públicas. (AE)

11h45 Em Wall Street, índices operam na contramão do Ibovespa. Dow Jones recua forte a 1,44%, S&P 500, 1,48% e Nasdaq, 1,65%.

11h40 Ibovespa acelera alta e rompe a barreira dos 105 mil pontos. A Bolsa sobe 1,29%, aos 105.085 pontos. A Petrobras segue em alta e sustenta o bom desempenho do índice brasileiro. Estatal avança 2,84% (PETR4) e 2,84% (PETR3). Dólar é vendido a R$ 5,31, em valorização de 0,74%.

11h28 A Eletrobras informou que assinou com a Shell um acordo de cooperação técnica visando a troca de informações para um possível co-investimento no desenvolvimento e na operação de projetos de energia eólica offshore, no Brasil. Com o acordo, as Partes buscarão identificar áreas para a possível parceria.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa ressalta que o acordo faz parte da estratégia de diversificar sua matriz de geração focada em fontes Renováveis.

“Neste sentido, a Eletrobras acredita que a energia eólica offshore tem se mostrado, em todo o mundo, uma fonte energética em expansão para a geração de energia renovável, impulsionada pelo apoio de políticas energéticas, em resposta a preocupações ambientais, e por avanços tecnológicos”, diz a empresa.

Papéis da empresa operam em alta moderada neste momento no Ibovespa, 0,53% (ELET3) e 0,14% (ELET6). (AE)

11h25 Após derreter no dia anterior, papéis da Petrobras tentam se recuperar. A estatal sobe firme a 2,33% (PETR4) e 2,31% (PETR3). O desempenho positivo da ação dá fôlego ao Ibovespa que sustenta os 104 mil pontos.

10h55 Ibovespa muda rota e começa a subir. Bolsa avança 0,51%, aos 104.275 pontos. Já o dólar se mantém no campo positivo e se valoriza 0,63%, vendido a R$ 5,35.

10h50 O Banco Central citou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira, 15, que o comportamento da incerteza na economia brasileira deve depender da volatilidade nos mercados internacionais e de variáveis fiscais no âmbito doméstico, como o gasto público, o resultado primário e a dívida pública. No documento, o BC destacou que o Indicador de Incerteza da Economia – Brasil (IIE-Br), da FGV, subiu em outubro e novembro.

No RTI, a autoridade monetária ainda ressaltou que as condições financeiras ficaram menos restritivas em novembro e no início deste mês, impulsionada por fatores externos, enquanto as variáveis domésticas atuaram em sentido contrário.

Apesar disso, o BC destacou que o índice de condições financeiras ainda se encontra em patamares historicamente elevados, “os maiores desde o início de 2016”. (AE)

10h25 O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu nesta quinta-feira, 15, elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base (pb), a 3,50%. A decisão foi tomada por 6 votos a 3. Entre os dirigentes contrários, dois deles defendiam manutenção dos juros, enquanto um outro defendia alta de 75 pontos-base.

O comunicado do BoE lembra das projeções de política monetária de novembro, que apontavam para recessão no Reino Unido “por um período prolongado” e que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) seguirá “muito elevado no curto prazo”.

“A inflação deve recuar fortemente a partir de meados de 2023, para um pouco abaixo da meta de 2% no horizonte de projeção de dois a três anos, acredita o BC. Os riscos para a inflação, porém, são de alta”, diz o texto. (AE)

10h10 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em baixa nesta quinta-feira. O referencial brasileiro recua 0,60%, aos 103.160 pontos. No dia anterior, a Bolsa subiu 0,20%, aos 103.745 pontos, depois de oscilar entre 101.631 e 104.515 pontos. O volume financeiro foi de R$ 37,10 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o Ibovespa acumula queda de 7,77% em dezembro e no ano, as perdas somam 1,03%.

9h30 O dólar opera em alta nesta quinta-feira seguindo a tendência do dia anterior, após o Federal Reserve (Fed, banco central americano) aumentar os juros nos Estados Unidos.

A moeda americana sobe 0,87%, vendida a R$ 5,37. No dia anterior, o dólar encerrou o pregão com baixa de 0,25%, vendido a R$ 5,30. Com o resultado, a moeda acumula alta de 1,92% no mês. No ano, tem queda de 4,90%.

Ontem, o Fed elevou a taxa de juros pela quinta reunião consecutiva, desta vez em 0.5 ponto percentual. Com isso, o intervalo de juros nos Estados Unidos passa a ser de 4,25% a 4,5% ao ano.

O comunicado do Fed cita que o crescimento do emprego foi robusto nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas.

“O Fed também argumenta que a guerra na Ucrânia e eventos relacionados estão contribuindo para aumentar a pressão sobre a inflação e estão pesando sobre a atividade econômica global. O Comitê está altamente atento aos riscos de inflação”, diz o comunicado.

Nesta manhã, bancos centrais de países europeus também ajustaram suas taxas de juros. Na Inglaterra, os juros subiram 0,5 p.p., a 3,50% ao ano. Na Suíça, o banco central também subiu os juros em 0,5 p.p., a uma taxa de 1,0% ao ano.

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