Bolsa cai mais de 2% puxada pela Petrobras; dólar vai a R$ 5,31
A Bolsa recuou 2,02%, aos 105.343 pontos, depois de oscilar entre 103.876 e 107.561 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 30,7 bilhões
12/12/2022Fechamento: Em dia em que o mercado ficou mais cauteloso em relação ao risco fiscal no Brasil no próximo ano e às indicações para cargos relevantes na economia, o Ibovespa fechou em queda forte, puxado principalmente pelo mau desempenho dos papéis da Vale e Petrobras.
A Bolsa recuou 2,02%, aos 105.343 pontos, depois de oscilar entre 103.876 e 107.561 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 30,7 bilhões.
Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula queda de 6,35% em dezembro. No ano, a alta é de 0,50%.
Os papéis da Petrobras despencaram com o rumor de que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, pode nomear Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José de Alencar e hoje presidente da Fiesp, para comandar a estatal.
Com isso, as ações da companhia chegaram a cair mais de 6%, mas ao final o mercado foi se acalmando e o ritmo de queda foi arrefecido. A Petrobras despencou 3,40% (PETR4) e 2,85% (PETR3).
Já a Vale recuou acompanhando a queda do minério de ferro nesta sessão. O contrato futuro da principal matéria-prima do aço negociado para entrega em maio na Dalian Commodity Exchange, da China encerrou as negociações com queda de 0,8%, a 802,50 yuans (US$ 115,08) a tonelada.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de janeiro do ingrediente siderúrgico caiu 2,4%, para US$ 108,85 a tonelada. A Vale caiu 3,04%.
Além da Petrobras e Vale, papéis de empresas ligadas à economia local tiveram os piores desempenhos. Meliuz recuou 6,65%, Banco BTG, com 4,99%, Pão de Açúcar, 4,96% e Cogna, 6,98%.
Entre, as maiores altas se destacaram Gol com evolução de 0,13%, PetroRio, 3.98%, Minerva, 1,98% e Cielo com ganhos de 2,07%.
A Bolsa brasileira fechou na contramão dos índices americanos; Dow Jones subiu 1,58%, S&P 500, ganhou 1,43% e Nasdaq, 1,26%.
17h55 Ex-ministro e integrante do Grupo de Trabalho (GT) de Economia na transição, Nelson Barbosa afirmou nesta segunda-feira, 12, que os últimos detalhes do relatório do grupo foram fechados nesta mesma data e que o documento já foi repassado ao futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ex-ministro da Educação passou a fazer parte do GT no final de novembro, antes de ser anunciado como futuro comandante da Fazenda.
De acordo com Barbosa, caberá a Haddad decidir sobre a divulgação do relatório. “O relatório foi enviado ao ministro e ele vai falar sobre o relatório, tem informações que não são publicadas, cabe ao ministro decidir se divulga ou não”, afirmou Barbosa a jornalistas. (AE)
17h40 Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 12, em sessão marcada com notícias sobre possíveis novas sanções à Rússia por parte do G7 e com a commodity se ajustando após uma série de quedas consecutivas na semana passada.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2023 fechou em alta de 3,03% (US$ 2,15), a US$ 73,17 o barril, enquanto o Brent para fevereiro negociado na Intercontinental Exchange (ICE) fechou em alta de 2,48% (US$ 1,89), a US$ 77,99 o barril. (AE)
17h Em dia de forte temor ao risco, o dólar fechou em alta de 1,26%, vendido a R$ 5,31. A moeda americana oscilou entre R$ 5,23 e R$ 5,35. Com o resultado desta sessão, a divisa passou a acumular alta de 2,08% em dezembro e queda de 5,66% no ano.
15h50 A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) divulgou nesta segunda-feira, 12, novo relatório, estimando um menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real global em 2021, de 5,7%, e uma desaceleração para avanço no PIB de 3,3% em 2022. Para a Unctad, a desaceleração na economia deve acompanhar o movimento do comércio de bens e serviços.
O crescimento do PIB nos países menos desenvolvidos ficou abaixo da meta anual de crescimento per capita de 7% definida pela ONU.
Segundo o relatório, os 46 países menos desenvolvidos tiveram crescimento real do PIB de apenas 2% em 2021, abaixo até mesmo da média global registrada no mesmo ano (5,7%). (AE)
15h20 Ibovespa se mantém no campo negativo, mas em ritmo de queda menor. Bolsa perde 2,49%, aos 104.840 pontos. Petrobras, que chegou a cair mais de 6%, recua 4,29% (PETR4) e Vale despenca 3,21%. Dólar sobe a 1,56%, vendido a R$ 5,32.
14h18 O coordenador dos grupos técnicos da transição, o ex-ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira, 12, desconhecer qualquer discussão no governo eleito sobre a possibilidade de alterar a lei das estatais.
O mercado financeiro reagiu negativamente aos rumores de que Mercadante é cotado para assumir a Petrobras ou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A lei das estatais, contudo, veda a indicação para presidência de quem atuou em estrutura decisória de partidos políticos nos últimos 36 meses.
“No governo de transição, desconheço iniciativa de alterar lei das estatais”, disse Mercadante ao chegar à cerimônia de diplomação do presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. (AE)
14h05 O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles disse que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad é “um bom nome” para o Ministério da Fazenda e que, a partir de agora, será a importante a escolha de secretários “de bom nível”.
“Ele fez uma gestão responsável do ponto de vista fiscal na Prefeitura de São Paulo; como não é economista, é importante que, assim como já foi feito no primeiro mandato de Lula, ele escolha secretários de bom nível, com conhecimento e experiência nas áreas específicas, e siga as sugestões desses secretários para fazer uma boa administração”, avaliou, no Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq).
Meirelles argumentou que esse arranjo já funcionou “mais de uma vez e é uma fórmula que pode ser bem sucedida”, desde que as escolhas sejam bem feitas e que “de fato” os secretários tenham autonomia. (AE)
14h Bolsa reduz ritmo de queda e contabiliza 104.395 pontos em baixa de 2,92%. Petrobras derrete 5,75% (PETR4) e a Vale perde 3.40%. Dólar segue em alta firme de 1,74%, vendido a R$ 5,33.
12h07 Ibovespa recua 3,28%, aos 103.988 pontos. Dólar sobe firme em 1,63%, vendido a R$ 5,32.
12h05 O relatório final do Orçamento de 2023, elaborado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), prevê R$ 6,8 bilhões para o aumento real do salário mínimo, promessa de campanha do presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O parecer também eleva os recursos para Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Defesa, Agricultura e programas sociais.
A expectativa de Castro é que o relatório seja votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na quinta-feira, 15, e analisado no plenário do Congresso na semana que vem.
O relator direcionou R$ 22,7 bilhões a mais para a Saúde; R$ 11,2 bilhões a mais para a Educação; R$ 75 bilhões a mais para o Ministério da Cidadania, responsável pela execução do Bolsa Família e outros benefícios; R$ 500 milhões a mais para Defesa; R$ 9,5 bilhões a mais para o Desenvolvimento Regional; e R$ 3,7 bilhões a mais para o Turismo. (AE)
11h50 Com rumores sobre o novo presidente da Petrobras, estatal despenca 5.06% (PETR4). O mau desempenho do papel pressiona e Ibovespa recua 3,3% e contabiliza 104.263 pontos.
11h33 Índices americanos abrem em alta com os investidores em compasso de espera pela nova taxa de juros nos EUA que será anunciada na quarta-feira. Dow Jones avaça 0,36%, S&P 500, 0,19% e Nasdaq, 0,15%.
11h30 A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou que acredita que, até o fim de 2023, os Estados Unidos terão uma inflação bem menor. A fala da secretária vem dois dias antes do Departamento do Trabalho publicar o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país em novembro.
Em entrevista à CBS veiculada no domingo, Yellen destacou que há um risco de recessão no país, mas que ela não é exatamente necessária para diminuir a pressão inflacionária. Entretanto, Yellen destaca que, para conseguir baixar a inflação, o crescimento do país precisa diminuir.
“Estamos cientes de que é extremamente importante que a inflação seja controlada e não se torne endêmica em nossa economia. E estamos garantindo que isso não aconteça”, destacou ela. (AE)
11h05 Ibovespa aprofunda queda com ajuda das ações da Vale e Petrobras. Bolsa perde 2,21%, aos 105.146%. Vale recua 1,36% e Petrobras (PETR4), 3,36%. Dólar segue a trajetória de alta e sobe 1,19%, vendido a R$ 5, 30.
10h50 Dólar sobe firme e toca os R$ 5,30. Moeda americana avança 1,20%. Ibovespa segue no campo negativo e perde os 107 mil pontos. Bolsa recua 0,60%, aos 106.872 pontos.
10h15 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em queda nesta segunda-feira. A Bolsa perde 0,23%, aos 107.285 pontos. Na sexta-feira, o referencial brasileiro fechou em alta de 0,25%, aos 107.519 pontos, depois de oscilar entre 107.089 e 108.565 pontos. O volume financeiro fechou em R$ 20,10 bilhões. Com o resultado, a Bolsa acumulou queda de 3,94% na semana e em dezembro, 4,42%. No ano, a alta é de 2,57%. Dólar acelera a alta e sobe 0,35%, vendido a R$ 5,25.
9h15 O dólar opera em certa estabilidade nesta segunda-feira, 12, em dia de diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, como presidente e vice-presidente da República.
A moeda americana sobe levemente 0,12%, vendida a R$ 5,24. Na sexta-feira, o dólar encerrou o dia em alta de 0,56%, cotado a R$ 5,24.
Com o resultado, a moeda fechou a semana com alta de 0,57%, e passou a acumular alta de 0,82% no mês. No ano, o dólar tem queda de 5,92%.
No exterior, os investidores operam de olho na política monetária dos Estados Unidos. Na próxima quarta-feira, 14, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) fará a última reunião do ano.
A expectativa é de que anuncie mais uma alta dos juros nos EUA. Hoje, os juros americanos estão em um intervalo de 3,75% a 4% ao ano.