Espera pelo novo arcabouço fiscal dá força para a Bolsa superar os 101 mil pontos
Ibovespa fechou em alta de 1,52%, aos 101.185 pontos, depois de oscilar entre 99.488 e 101.559 pontos; o volume de negócios do dia foi de R$ 20,8 bilhões
28/03/2023Fechamento: A possibilidade do anúncio das novas regras fiscais acontecer ainda esta semana, animou o mercado esta terça-feira. O Ibovespa fechou em alta e o dólar em queda.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que amanhã haverá uma reunião conclusiva para bater o martelo sobre o novo arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos. De acordo com ele, a nova âncora será divulgada ainda nesta semana.
A declaração aconteceu após a divulgação da ata do Copom, que trouxe um tom mais austero ao comunicado da semana passada.
A ata justifica a decisão nos parágrafos 26 e 27, onde reforça que “a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024”.
“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz a ata.
O Copom também analisou a incerteza ao redor dos cenários traçados, e reafirma que segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.
Com isso, o Ibovespa fechou em alta de 1,52%, aos 101.185 pontos, depois de oscilar entre 99.488 e 101.559 pontos. O volume de negócios do dia foi de R$ 20,8 bilhões. Este desempenho fez o índice acumular alta de 3,57% em março. No ano, a Bolsa recua 7,79%.
Já o dólar fechou em queda 0,80%, vendido a R$ 5,16, depois de oscilar entre R$ 5,14 e R$ 5,19.
Com isso, a moeda americana acumula quedas de 1,15% no mês e de 2,15% no ano.
Para o estrategista do Banco Safra, Cauê Pinheiro, a ata trouxe uma mensagem do Banco Central mais austera do que o mercado esperava.
“Não foi vista nenhuma frase sinalizando corte de juros no curto prazo, isso porque as expectativas de inflação ainda seguem desancoradas”, disse Pinheiro durante o programa “Radar Safra”, desta terça-feira.
Pinheiro ressaltou, ainda, que o documento reiterou que se vier algo positivo do governo, isso poderia colocar as expectativas da inflação para dentro da meta.
“Ou seja, o arcabouço poderia contribuir para isso e para que o juro não permaneça alto por mais tempo”, disse Pinheiro.
Diante deste cenário, as ações mais ligadas à economia local tiveram bons desempenhos nesta sessão.
O destaque foi para Hapvida, que subiu 17,57%, após a o anúncio de aumento de liquidez da empresa.
A companhia informou que celebrou o instrumento vinculante para operação de sale and leaseback (SLB) de dez imóveis de propriedade de suas controladas, no valor de R$ 1,25 bilhão, com um veículo de investimento da Família Pinheiro (LPAR), controladora da companhia.
Segundo a HapVida, a totalidade dos imóveis vem de entidades que foram adquiridas pela companhia desde a sua abertura de capital (IPO).
Além disso, a companhia decidiu que o sócio controlador irá fazer a recompra das ações que estão pulverizadas. A Família Pinheiro se comprometeu a exercer seu direito de prioridade, subscrevendo ações a serem emitidas no valor de R$ 360 milhões.
Completam a lista das maiores altas a Braskem, que subiu 5,71%, Qualicorp, com evolução de 5,82%, Raízen, 5,98% e Petz, 5,65%.
No lado negativo, os papéis que mais perderam foram Rede D’or, com queda de 4,80%, Meliuz, 1,98%, MRV, 2,97%, JBS, 1,97% e Yduqs, 1,43%.
15h01 O contrato futuro mais líquido do ouro fechou nesta terça-feira, 28, em território positivo, diante de um dólar fraco e ao passo que investidores ainda se mantém atentos às resoluções para as turbulências bancárias.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em alta de 1,0%, a US$ 1.973,50 por onça-troy. (AE)
15h O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça-feira, 28, que amanhã haverá uma reunião conclusiva para bater o martelo sobre o novo arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos. De acordo com ele, a nova âncora será divulgada ainda nesta semana.
“Como o ministro Rui Costa, da Casa Civil, em virtude de problema de saúde, permaneceu na Bahia, nós deixamos para amanhã a reunião sobre arcabouço fiscal para verificar a possibilidade dele participar. Será amanhã, ou presencialmente ou virtualmente, com o ministro Rui”, disse Haddad, a jornalistas. “Reunião conclusiva sobre arcabouço e, portanto, essa semana nós vamos divulgar”, acrescentou. O horário do encontro não foi confirmado. (AE)
14h38 Ibovespa se firma no patamar dos 101 mil pontos. Bolsa sobe 1,70%, aos 101.345 pontos. Hapvida, depois do anúncio do aporte dos sócios, avança 21,17%. Hoje, a companhia anunciou que celebrou o instrumento vinculante para operação de sale and leaseback (SLB) de dez imóveis de propriedade de suas controladas, no valor de R$ 1,25 bilhão, com um veículo de investimento da Família Pinheiro (LPAR), controladora da companhia.
A conclusão do SLB deverá ocorrer até 28 de abril. Segundo a HapVida, a transação está em linha com a estratégia da companhia, de ser mais “asset light”. A totalidade dos imóveis vem de entidades que foram adquiridas pela companhia desde a sua abertura de capital (IPO).
Além disso, a companhia decidiu que o sócio controlador irá fazer um follow-on. A Família Pinheiro se comprometeu a exercer seu direito de prioridade, subscrevendo ações a serem emitidas no valor de R$ 360 milhões.
Já o dólar se mantém em queda firme neste momento. A moeda americana recua 0,69%, vendida a R$ 5,16.
12h04 Bolsa segue em alta firme nesta terça-feira. Ibovespa avança 1,50%, aos 101.186 pontos. Já o dólar se mantém em queda 0,46%, vendido a R$ 5,17.
12h03 O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos subiu de 103,4 em fevereiro para 104,2 em março, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 28, pelo Conference Board.
O resultado de março surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que projetavam queda a 100,7. Já a leitura de fevereiro foi revisada para cima, de 102,9 originalmente. (AE)
11h23 Bolsa acelera alta e sobe mais de 1%. Índice opera a 101.039 pontos. Já o dólar segue em trajetória de baixa e perde 0,71%. A moeda americana é vendida, neste momento, a R$ 5,16.
10h34 Ibovespa retoma trajetória altista e recupera os 100 mil pontos. Bolsa sobe 0,95%, aos 100.631 pontos.
10h15 Depois da divulgação da ata do Copom com um tom mais austero do Banco Central do que o mercado esperava, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em queda moderada. O índice recua 0,08%, aos 99.585 pontos. No dia anterior, a Bolsa subiu 0,85%, aos 99.670 pontos, depois de oscilar entre 98.833 e 99.996 pontos.
O volume financeiro do dia foi de R$ 21,3 bilhões. Com este desempenho, o Ibovespa acumula queda de 5,01% em março. No ano, as perdas são de 9,17%.
Já o dólar recua 0,47%, vendido a R$ 5,17.
9h15 O dólar opera em baixa nesta terça-feira, após a ata do Comitê de Política Monetária indicar disposição de retomar o ciclo de alta dos juros para controlar a inflação. Na semana passada, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano.
O documento justifica a decisão nos parágrafos 26 e 27, onde reforça que “a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024”.
“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz a ata.
O Copom também analisou a incerteza ao redor dos cenários traçados, e reafirma que segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.
Com isso, a moeda americana opera em queda 0,61%, vendida a R$ 5,16. Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,83%, cotado a R$ 5,20. O desempenho fez a divisa acumular quedas de 0,35% no mês e de 1,35% no ano.
Para o estrategista do Banco Safra, Cauê Pinheiro, a ata trouxe uma mensagem do Banco Central mais austera do que o mercado esperava. “Não foi vista nenhuma frase sinalizando corte de juros no curto prazo isso porque as expectativas de inflação ainda seguem desancoradas”, disse Pinheiro durante o programa “Radar Safra”, de hoje.
Pinheiro ressaltou, ainda, que o documento reiterou que se tiver algo algo do positivo do governo isso poderia colocar as expectativas da inflação para dentro da meta. “Ou seja, o arcabouço poderia contribuir para isso e para que o juro não permaneça alto por mais tempo”, disse Pinheiro.