Ibovespa recua após indicação de aperto monetário mais longo nos EUA
O Ibovespa perdeu 0,77%, aos 100.220 pontos, depois de oscilar entre 100.128 e 101.887 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 20 bilhões
22/03/2023Fechamento: O Ibovespa fechou em baixa seguindo o desempenho dos índices americanos. O mercado financeiro nos Estados Unidos entrou em rota negativa após o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, indicar que os integrantes do Fomc não enxergam corte das taxas este ano.
“Faremos o suficiente para baixar a inflação a 2% ao ano, mas um pouco dessa restrição deve vir das condições de crédito”, disse Powell, após o anúncio de alta dos juros americanos em 0,25 ponto percentual.
O intervalo dos juros nos Estados Unidos foi de 4,25% e 4,75% para 4,505 e 5% ao ano.
Em comunicado, o Fed já havia informado que o sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente, mas os acontecimentos recentes devem resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas e podem pesar na atividade econômica.
Diante disto o mercado ficou mais averso ao risco e as bolsas fecharam no campo negativo.
O Ibovespa perdeu 0,77%, aos 100.220 pontos, depois de oscilar entre 100.128 e 101.887 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 20 bilhões.
Com isso, o referencial brasileiro acumula queda de 1,73% na semana. Em março, as perdas são de 4,49% e no ano de 8,67%.
Nos Estados Unidos, Dow Jones recuou 1,63%, S&P500, 1,65% e Nasdaq, 1,60%.
Já o dólar fechou em baixa de 0,17%. A moeda americana foi vendida a R$ 5,23, depois de oscilar entre R$ 5,20 e R$ 5,27.
Com isso, a moeda americana alta de 0,22% no mês e uma queda de 0,79% no ano.
Entre as maiores perdas do Ibovespa nesta sessão, o destaque ficou com empresas mais ligadas à economia doméstica. BRF recuou 6,83%, Vibra, 6,18%, Assaí caiu 5,89%, Azul, 5,26% e Gol, 4,74%.
No lado positivo, os maiores ganhos do Ibovespa do dia foram de MRV, que subiu 4,32%, Ezetec, 4,57%, Natura, 2,61%, CCR, 2,55% e CPFL que fechou em alta de 1,86%.
16h09 O contrato mais líquido do ouro fechou a quarta-feira, 22, com sinal positivo, diante de uma fraqueza do dólar ante rivais e da queda dos juros da ponta longa dos Treasuries.
Ainda, o apetite por risco diminuiu no mercado na reta final do pregão, apoiando a busca por segurança, à medida que a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), no período da tarde, ainda se aproximava.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em alta de 0,44%, a US$ 1.949,60 por onça-troy.
Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, o ouro segue acima das mínimas observadas antes da turbulência bancária, entretanto, uma posição mais hawkish por parte do Fed pode fazer com que o ouro caia, com o primeiro suporte sendo US$ 1.900 por onça-troy e o segundo, de US$ 1.860 por onça-troy. (AE)
16h03 Ibovespa opera entre perdas e ganhos. Neste momento, Bolsa recua 0,17%, aos 100.828 pontos. Dólar aprofunda queda e perde 0,32%, vendido a R$ 5,22.
15h17 Bolsa segue em baixa, mesmo após alta dos juros nos EUA. Ibovespa perde 0,24%, aos 100. 764 pontos. Já o dólar mudou a rota e recua 0,23%, vendido a R$ 5,23.
13h41 Ibovespa, que estava subindo, retorna ao vermelho. Bolsa perde 0,18%, aos 100.856 pontos. Já o dólar sobe 0,43%, vendido a R$ 5,26%.
11h51 Dólar se mantém no campo positivo e sobe 0,54%, vendido a R$ 5,27. Bolsa descelera baixa e perde 0,22%, aos 100.909 pontos.
11h09 Bolsa se mantém em trajetória de queda e perde 0,27%, aos 100.720 pontos. Petrobras acelera queda após redução dos preços do diesel. Estatal recua 1,11% (PETR4) e 1,03% (PETR3).
Já o dólar acelera alta e é vendido a R$ 5,27, em valorização de 0,63%.
11h06 Petrobras anuncia redução no preço do litro do diesel a partir de amanhã. Segundo a estatal, o valor do combustível nas refinarias passará de R$ 4,02 para R$ 3,84.
10h32 Nos Estados Unidos, as bolsas americanas abrem sem direção definida, mas em certa estabilidade. Dow Jones sobe 0,06%, S&P500 recua 0,01% e Nasdaq, 0,02%.
10h28 A terceira parte da sessão da análise de conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou às 10h05 (de Brasília) desta quarta-feira, 22, informou o BC. Na tarde desta quarta, ocorre a segunda fase do encontro do Copom, quando o colegiado define o nível da Selic, que é anunciado a partir de 18h30, já no período da noite.
Os 45 analistas de mercado ouvidos pelo Projeções Broadcast na última semana preveem de forma unânime manutenção da taxa Selic em 13,75% nesta reunião. Apesar da pressão do governo pela redução dos juros, a autoridade monetária indicou na reunião de fevereiro a manutenção da Selic em 13,75% por “período mais prolongado do que no cenário de referência”. E manteve o alerta de que, caso a desinflação não ocorra como o esperado, os juros podem inclusive voltar a subir.
Atualmente, o Copom mira os anos de 2023 e – com maior peso – 2024 em sua estratégia de convergência da inflação à meta. Desde a virada do ano, as expectativas para esses horizontes e para prazos mais longos estão em uma escalada devido a preocupações fiscais e com a meta de inflação. O BC já descumpriu seu mandato de controle de preços em 2021 e 2022 e vai pelo mesmo caminho para 2023, conforme a estimativa mediana do Boletim Focus. (AE)
10h17 Bolsa inverte o sinal puxada pela Petrobras e opera em leve baixa neste momento. Ibovespa perde 0,21%, aos 100.807 pontos. Os papéis da Petrobras recuam 0,64% (PETR4) e 0,76% (PETR3). Já o dólar segue na trajetória positiva e avança 0,28%, vendido a R$ 5,25.
10h10 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em leve alta esta sessão. A Bolsa sobe 0,11%, aos 101.110 pontos. No dia anterior, o referencial brasileiro fechou em leve alta de 0,07%, aos 100.998 pontos, depois de oscilar entre 100.922 e 101.670 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 17,7 bilhões. Com este resultado, o índice acumula queda de 3,75% em março. No ano, as perdas chegam a 7,96%.
Já o dólar acelera alta e sobe 0,25%, vendido a R$ 5,25.
9h15 Em dia de decisão de juros nos Estados Unidos e Brasil, o dólar opera em queda nesta sessão. A moeda americana sobe 0,05%, vendida a R$ 5,24.
No dia anterior, a divisa teve um desempenho semelhante ao desta abertura e fechou em alta de 0,05%, cotada a R$ 5,2451. Com o resultado, a moeda passou a acumular alta de 0,39% no mês e uma queda de 0,62% no ano.
Além da espera pela definição dos juros nos Estados Unidos e no Brasil, outro fator que mexe com o mercado é o adiamento do novo arcabouço fiscal que irá substituir o Teto de Gastos.
As regras, que se esperava ser apresentada antes da reunião de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), devem ser anunciadas em 15 de abril.
“Adiamento da divulgação aconteceu porque não foi possível fazer a tempo da decisão dos juros, o que poderia ser argumento para o BC indicar cortes mais à frente. Ainda está em discussão o desenho dessas regras e isso vai ser um catalisador para o mercado de ações”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, durante o programa Radar Safra, desta quarta-feira.
Pinheiro ressalta que a expectativa do Banco Safra é de que, na reunião de hoje, o Copom deve manter a taxa de juros inalterada. “A nossa visão é de que o juro comece a ser cortado na penúltima reunião do ano, em 0,5 ponto percentual”, ressaltou Pinheiro. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.
Para os Estados Unidos, o que é esperado pelo mercado é que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) poderá tirar o pé um pouco e aliviar no comunicado.
Quanto à intensidade da alta, segundo Pinheiro, o mercado está dividido. Pouco mais de 50% esperam que os juros devem ser elevados em 0,25 pontos percentuais, sendo que o intervalo fique em 4.75% e 5% ao ano.
“Uma parte do mercado está precificando a manutenção deste patamar. A nossa visão é de que deve ter alta e o Fed não deve acelerar o passo”, disse Pinheiro.