Vale e Petrobras sustentam alta do Ibovespa; dólar sobe
Ibovespa fechou em alta de 0,62%, aos 112.921 pontos, depois de oscilar entre 111.306 e 113.171 pontos; o volume dos negócios desta sessão foi de R$ 25 bilhões
19/01/2023Fechamento: Após o estresse da abertura, com o mercado repercutindo as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ibovespa entrou em rota positiva e fechou em alta de 0,62%, aos 112.921 pontos, depois de oscilar entre 111.306 e 113.171 pontos.
O volume dos negócios desta sessão foi de R$ 25 bilhões. Com o resultado, o referencial brasileiro acumula ganhos de 2,90% em janeiro e de 1,81% na semana.
As empresas ligadas às commodities puxaram o Ibovespa para o azul, principalmente Vale e Petrobras, que subiram em função da alta do minério de ferro e do petróleo.
O contrato futuro da principal matéria-prima do aço, para entrega em maio, na bolsa de Dalian, na China, avançou 1,6%, a 852,5 yuans a tonelada. Isso em função do otimismo em relação ao bom desempenho econômico do país asiático, o principal consumidor da commodity. A Vale subiu 0,60%.
Já o petróleo tipo Brent, para entrega em março, subiu 1,39%, vendido a US$ 86,16 o barril. Com isso, os papéis da Petrobras fecharam em alta de 3,27% (PETR4) e 3,40% (PETR3).
Nesta sessão, além das ações da Vale e Petrobras que fecharam no azul, no ranking de maiores altas estão Rede D’Or, que subiu 6,22%, Magazine Luiza, 6,40%, CCR, 5,35%, Hapvida, 3,80% e PetroRio, 3,75%.
No lado negativo, o destaque foi para Americanas, que entrou com pedido de recuperação judicial em função de uma dívida de R$ 40 bilhões. Esta é uma das maiores RJs que ocorrerão no Brasil.
A ação da companhia foi retirada de todos os índices da B3, mas medida somente será adotada a partir de amanhã. Assim, o papel foi o que mais perdeu nesta sessão e derreteu 42,53%.
BRF, que caiu 3,03%, Petz, com queda de 2,45%, Cielo, com desvalorização de 2,81% e BTG, 2,56%, completam a lista de piores desempenhos do dia.
Lá fora, o mercado fechou na contramão do Ibovespa. O temor de recessão nos Estados Unidos ditou os negócios nesta quinta-feira. Dow Jones recuou 0,76%, S&P500, 0,76% e Nasdaq, 0,96%.
17h Dólar acelera no final da sessão e fecha em alta moderada de 0,16%, vendido a R$ 5,17, depois de oscilar entre R$ 5,16 e R$ 5,25. Com o resultado do pregão, a moeda americana acumula queda de 3,11% no ano. Bolsa aumenta os ganhos e sobe 0,82%, aos 113.138 pontos.
16h28 Ibovespa muda a direção e passa a subir com melhora da Vale e Petrobras. Bolsa sobe 0,49%, aos 112.775 pontos. A mineradora avança 0,58%, já a estatal ganha 2,23% (PETR4) e 2,63% (PETR3). O dólar também inverteu a rota e recua 0,24%, vendido a R$ 5,17.
15h23 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a criticar o Banco Central pela política de juros e inflação. Ao reprovar novamente o fato de a autoridade monetária ser independente, Lula apontou um descompasso entre a Selic e o IPCA, que mede o aumento dos preços, e disse que “a gente poderia nem ter juros”. Na quarta-feira, 18, em entrevista à Globo News, o chefe do Executivo criticou a meta de inflação estabelecida pelo Comitê Monetário Nacional (CMN) e disse que ela obriga um “arrocho” na economia.
“Qual é a explicação de a gente ter um juros (Selic) de 13,5% hoje? O Banco Central é independente, a gente poderia nem ter juros”, disse Lula em encontro com reitores de universidades e institutos federais. “A inflação está em 6,5%, 7,5%, por que os juros (Selic) estão a 13,5%?”
A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro do ano passado, fixou a Selic – taxa básica de juros – em 13,75%, e não 13,5%, como disse Lula. A inflação acumulada em 2022 foi de 5,79%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O presidente do BC, Roberto Campos Neto, justificou o estouro da meta à elevação do preço do barril de petróleo e à retomada da economia, entre outros fatores. (AE)
15h Bolsa recua de forma moderada, sustentada pela boa performance das empresas ligadas às commodities. Ibovespa recua 0,26%, aos 111.939 pontos. Vale avança 0,34% e Petrobras 1,04% (PETR4) e 1,37% (PETR3). Dólar se mantém em alta vendido a R$ 5,21, com ganhos de 0,52%.
11h21 Ibovespa volta para o campo negativo e recua 0,29%, aos 111.909 pontos. Bancos operam sem direção definida, após pedido de recuperação judicial da Americanas. Itaú recua 0,90%, BTG, 1,63%, Banco do Brasil, 0,86% e Bradesco sobe 0,13%. Já o dólar se mantém em alta e é vendido a R$ 5,20, com ganhos de 0,30%.
11h10 Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos recuaram 15 mil, na semana encerrada no dia 14 de janeiro, para o nível sazonalmente ajustado de 190 mil. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam 215 mil.
A média móvel das últimas quatro semanas ficou em 206 mil, um recuo de 6.500 ante a semana anterior.
Já os pedidos continuados de auxílio-desemprego ficaram em 1,647 milhão, na semana encerrada no dia 7, uma alta de 17 mil ante o nível da semana anterior. Este componente do dado sai com uma semana de atraso. (AE)
10h53 Bolsa desacelera ritmo de queda e recupera ps 112 mil pontos. Bolsa opera em quase estabilidade em alta de 0,03%, aos 112.266 pontos. Dólar se mantém em alta, mas em ritmo menor. Moeda americana sobe 0,095, vendida a R$ 5,19.
10h08 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em queda nesta quinta-feira. A Bolsa recua 0,78%, aos 111.352 pontos. No dia anterior, o índice avançou 0,71%, aos 112.228 pontos, depois de oscilar entre 111.441 e 113.306 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 37,80 bilhões. Com o resultado, o referencial brasileiro acumula ganhos de 2,27% em janeiro e de 1,18% na semana. Já o dólar segue em sua rota de ascensão. A moeda americana sobe 0,58%, vendida a R$ 5,21, após abertura acelerada.
10h03 A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,1% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quinta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,6%. No trimestre encerrado em outubro de 2022, a taxa de desocupação estava em 8,3%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 272,99 no trimestre encerrado em novembro. O resultado representa alta de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 2.787 bilhões no trimestre até novembro, alta de 7,1% ante igual período do ano anterior, de acordo com o IBGE. (AE)
10h Os juros futuros começaram esta quinta-feira, 19, em alta, acompanhando o dólar forte ante o real, com avanço de mais de 1%, e após críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à independência do Banco Central (BC) e à atual meta de inflação. Lula questionou de que serve um BC independente se a inflação e taxa de juros estão elevadas.
O presidente disse também que a meta a ser perseguida para este ano é exagerada e obriga a um “arrocho” na economia com aumento da taxa de juros.
Às 9h11 desta quinta , a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia para 12,76%, de 12,42%, e o para janeiro de 2025 ia para 12,81%, de 12,53% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2024 marcava 13,58%, de 13,45% no ajuste de quarta-feira. (AE)
9h10 O dólar disparou nesta quinta-feira e opera em alta forte de 1,63%, vendido a R$ 5,24. A moeda americana sobe quase R$ 0,10 em relação ao fechamento do dia anterior.
Na véspera, o dólar subiu 1,10% e fechou o dia vendido a R$ 5,1615. Com o resultado, a moeda acumula queda de 3,27% no ano.
O mercado não digeriu bem as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ontem à Globo News, em que reiterou o seu compromisso em trazer o pobre para o orçamento e que medidas no campo social, não podem ser consideradas gastos e sim investimentos.
Lula também afirmou que a independência do Banco Central é “bobagem” e que as metas de inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) atrapalham o crescimento econômico do país.
No exterior, as atenções do mercado estão na política monetária dos Estados Unidos. Ontem, foi divulgado o Livro Bege, em que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) colhe opiniões dos empresários de todos os distritos do Fed.
O documento indicou que a alta inflação continua a reduzir o poder de compra dos consumidores, principalmente entre famílias de renda baixa e moderada.
O relatório indica que, ainda sim, os gastos do consumidor aumentaram ligeiramente desde o último relatório, publicado em 30 de novembro, com alguns varejistas relatando vendas mais robustas durante as festas de final de ano.