Bolsa fecha em leve queda após manhã tumultuada; dólar sobe a R$ 5,40
O Ibovespa fechou em 109.702 pontos, em baixa de 0,49%, depois de oscilar entre 107.245 pontos e 110.241 pontos; volume financeiro foi de R$ 47,4 bilhões
17/11/2022Fechamento: Depois de uma manhã de muito estresse no mercado, o Ibovespa arrefeceu a queda e fechou em 109.702 pontos, em baixa de 0,49%. A Bolsa chegou mínima de 107.245 pontos, já a máxima do dia foi de 110.241 pontos. O volume financeiro desta sessão girou em R$ 47,4 bilhões.
Com o resultado desta sessão, o Ibovespa acumula queda de 5,46% em novembro e na semana perde 2,27%. Já no ano, o referencial brasileiro sobe 4,66%.
“A Bolsa começou o dia com forte queda em mais de 2%, o que assustou muitos investidores que ficaram incrédulos com a perspectiva do governo estar tentando passar um “cheque especial em branco” através da PEC de Transição, que pode chegar a um gasto excepcional acima do teto na ordem de mais de 200 bilhões de reais gerando um gasto e um déficit público cada vez maior obrigando o aumento da carga tributária. Tudo isso, por consequência, gera inflação, menos emprego e renda, além de aumentar profundamente a incerteza política e econômica”, disse, Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos.
Com a recuperação no final, as ações de varejistas e de energia foram as que mais subiram na sessão. Via Varejo avançou 2,95%, Magazine Luiza, 2,40%, Weg, 2,56%, Utrapar, 1,94% e Vibra ganhou 1,57%.
Já no campo negativo, os destaques foram a Qualicorp com recuo 10,75%, BRF, 6,53%, 3R Petroleum com queda de 6,19% e Pão de Açúcar com 5,75%.
O Ibovespa seguiu o comportamento dos mercados no exterior. Os índices americanos fecharam em queda de 0,02% (Dow Jones), 0,31% (S&P 500) e 0,35% (Nasdaq).
17h05 O dólar, que iniciou esta sessão em disparada, perdeu o ritmo no final e fechou em alta de 0,37%, vendido a R$ 5,4017, depois de oscilar entre R$ 5,4012 e R$ 5,5298.
15h30 Bolsa segue no vermelho com queda acima de 2%, aos 107.948 pontos (-2,08%). Dólar desacelera e sobe 0,88%, vendido a R$ 5,44.
13h55 Ibovespa aprofunda queda e perde 2,41%, aos 107.541 pontos. Já o dólar é vendido a R$ 5,46, em alta de 1,12%. Lá fora, os índices americanos se mantêm no vermelho. Dow Jones recua 0,10%, S&P 500 0,51% e Nasdaq, 0,38%.
12h10 Ibovespa desacelera ritmo de queda, mas baixa ainda está acima de 1%. Bolsa perde 1,81%, aos 108.249 pontos. Dólar também reduz os ganhos. A moeda americana sobe 0,98%, vendida a R$ 5,45.
11h30 Lá fora, os índices americanos abriram em queda com os investidores avaliando as decisões da Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre juros. Dow Jones recua 0,68%, S&P perde 1,10% e Nasdaq cai 1,28%. Por aqui, o Ibovespa aprofunda as perdas e opera em baixa de 2,68%, aos 107.465 pontos. Já o dólar segue em disparada de 1,27%, vendido a R$ 5,46.
10h10 Após um discurso do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo os investimentos em programas sociais em detrimento do teto de gastos, o dólar disparou e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em queda forte nesta quinta-feira, 17.
O Ibovespa opera em queda firme de 2,21%, aos 107.802 pontos. No dia anterior, o referencial brasileiro recuou forte em 2,58%, aos 110.243, depois de oscilar entre 109.512 e 113.473 pontos. Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula queda de 4,99% em novembro e no ano, a alta é de 5,17%. Já na semana, o índice brasileiro perde 1,79%.
“Se não resolvermos problemas sociais, não vale a pena recuperar esse País. Não adianta só pensar em responsabilidade fiscal, temos de pensar em responsabilidade social”, afirmou o presidente eleito. “Para cumprir teto fiscal, geralmente é preciso desmontar políticas sociais e não se mexe com o mercado financeiro. Mas o dólar não aumenta ou a bolsa cai por causa das pessoas sérias, e sim dos especuladores”, ressaltou.
Lula participou de evento promovido na 27ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP-27) pelo Brazil Climate Action Hub, iniciativa de articulação da sociedade civil. A COP-27 ocorre em Sharm El-Sheikh, no Egito.
Ontem, durante a entre da PEC da Transição no Congresso, o vice-presidente eleito e coordenador do processo de Transição, Geraldo Alckmin, disse que o governo eleito vai trabalhar pela responsabilidade fiscal, mas disse que há a necessidade de ampliar os gastos públicos em 2023.
“Não vai ser um governo gastador. Mas é preciso, de um lado, um mínimo para garantir a rede de proteção social e, de outro, o funcionamento do Estado”, disse. “Não se pode parar obras, e é preciso ter um mínimo para investimento que vai ser importante para a retomada do crescimento.”
A PEC da Transição estima gastos de R$ 175 bilhões além do limite de gastos para garantir promessas de campanha, como o auxílio de R$ 600, mais R$ 150 adicionais para famílias com filhos até 6 anos, e o reajuste do salário mínimo de acordo com a inflação.