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Vacina contra covid-19 com insumos nacionais será entregue em fevereiro

IFA desenvolvido pela Fiocruz recebeu aprovação da Anvisa na sexta, 7. Fundação deve entregar 21 milhões de doses no próximo mês

Close de mãos com unhas pintadas de preto puxando com seringa a dose da vacina da Fiocruz contra a covid-19

Previsão da Fiocruz é que as doses da vacina com IFA nacional sejam envasadas ainda neste mês e cheguem ao Ministério da Saúde para distribuição aos Estados | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que as primeiras doses da vacina contra a covid-19 feitas somente com insumos nacionais devem ser entregues em fevereiro.

A previsão é que as doses sejam envasadas ainda neste mês e cheguem ao Ministério da Saúde para distribuição aos Estados.

O Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) desenvolvido pela própria Fiocruz foi aprovado na sexta-feira, 7, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Conforme a fundação, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) dispõe, no momento, de insumo o suficiente para a fabricação de 21 milhões de doses com o IFA nacional, que se encontram em diferentes etapas de produção e controle de qualidade.

“A previsão é que as primeiras doses do imunizante sejam envasadas ainda em janeiro e entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro, assim que forem concluídos os testes de controle de qualidade que ocorrem após o processamento final da vacina”, informou a Fiocruz.

A presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, destacou que é uma grande conquista para a sociedade ter uma vacina 100% nacional, sendo essa a primeira do país.

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“A pandemia de covid-19 deixou claro o problema da dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas. Com a aprovação, hoje, pela Anvisa, conquistamos uma vacina 100% produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde para a vacina, que vem salvando vidas e contribuindo para a superação dessa difícil fase histórica do Brasil e do mundo”.

A produção nacional do IFA começou em julho de 2021, após a assinatura do contrato de Transferência de Tecnologia com a parceira AstraZeneca.

A absorção da tecnologia ocorreu em cerca de um ano. Esses processos costumam levar cerca de dez anos.

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Segundo a Fiocruz, a Anvisa comprovou a equivalência do processo produtivo, ou seja, que as vacinas produzidas com o IFA de Bio-Manguinhos/Fiocruz “possuem a mesma eficácia, segurança e qualidade daquelas processadas com o ingrediente importado”.

No ano passado, a fundação chegou a ficar sem IFA para fabricar as vacinas, devido à dificuldade de importação do produto.

Com isso, cidades precisaram atrasar o cronograma de vacinação devido à falta do imunizante. (Com Agência Brasil)

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