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Vacina do Butantan é eficaz contra novas cepas

Estudo em parceria com a USP mostra que vacina desenvolvida com o laboratório chinês Sinovac é eficaz contra variantes do coronavírus

Vacina coronavac sendo sugada por agulha nas mãos de profissional de saúde

Resultados preliminares apontam eficácia contra cepas brasileiras, da África do Sul e do Reino Unido | Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP

O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 10, que a Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan é eficaz contra as novas variantes do coronavírus.

De acordo com a administração, a força da vacina contra as novas cepas foi confirmada por um estudo do Butantan em parceria com a Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o Butantan, o imunizante é resistente às três novas variantes que surgiram no Brasil e às identificadas na África do Sul e no Reino Unido.

A pesquisa foi feita com 35 pessoas vacinadas na terceira fase de testes da vacina e os resultados apresentados são preliminares.

Na próximo dia 15, idosos com 75 e 76 anos de idade de todo o Estado serão vacinados. Uma semana depois, será a vez das pessoas com idade entre 72 e 74 anos (veja mais abaixo).

O Butantan trabalha para entregar até o final de março mais de 22 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde, que serão distribuídas para todo o país.

Ciência por trás da eficácia

A vacina do Butantan com o laboratório Sinovac têm todas as partes do vírus inativado.

Isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com outras vacinas que utilizam somente uma parte da proteína Spike (proteína utilizada pelo coronavírus para infectar as células).

Segundo o Butantan, a Coronavac tem essa vantagem em relação às demais, pois pode levar a uma proteção mais efetiva contra as variantes que apresentam mutação na proteína Spike.

Nos testes realizados pelo Instituto Butantan são utilizados os soros das pessoas vacinadas (colhido por meio de exame de sangue). As amostras são colocadas em um cultivo de células e, posteriormente, infectadas com as variantes.

A neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo.

Vacinação

O governo paulista anunciou que a vacinação de idosos com 75 e 76 anos de idade iniciará em 15 de março. A partir de 22 de março, será a vez das pessoas de 72, 73 e 74 anos.

A vacinação destes grupos de idosos ocorrerá nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos postos drive-thru.

Até o momento, o Estado de São Paulo já vacinou 3.533.316 pessoas contra a covid-19.

Desse total, 2.586.890 cidadãos receberam a primeira dose e outros 946.426 já tem a segunda dose aplicada no braço.

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