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Vale tem resultado positivo e vai pagar R$ 9 bilhões em dividendos

A mineradora Vale informou que o pagamento dos dividendos e dos juros sobre o capital próprio ocorrerá em 14 de março de 2025

Vale

Embora o fluxo de caixa tenha sido baixo, o Banco Safra avalia como positivos os resultados da Vale no quarto trimestre de 2024 | Foto: Getty Images

O Banco Safra avalia como positivos os resultados da Vale (VALE3) referentes ao quarto trimestre de 2024, com base nos dividendos extraordinários, redução de capex e bom ponto de equilíbrio, embora o fluxo de caixa tenha sido baixo.

O EBITDA comparável da Vale no quarto trimestre de US$ 4,119 bilhões ficou exatamente em linha com a estimativa do Banco Safra revisada de US$ 4,105 bilhões e a projeção de consenso da empresa de US$ 4,095 bilhões.

Os especialistas do Safra destacam que já consideravam os preços realizados e os embarques relatados para o trimestre nas previsões.

Embora tanto o EBITDA de Soluções de Minério de Ferro quanto o de Metais de Transição Energética tenham superado as expectativas, os resultados ficaram em linha devido a várias despesas que excederam nossas expectativas.

Saiba mais

Mineradora anuncia dividendos

A Vale informo que aprovou a distribuição de dividendos no valor total bruto de R$ 2,141847479 por ação, apurados conforme o balanço de 31 de dezembro de 2024, que contempla remuneração prevista pela Política de Remuneração aos Acionistas e equivale a R$ 9,14 bilhões.

A data de corte para pagamento dos dividendos aos detentores de ações de emissão da Vale negociadas na B3 será o dia 07 de março de 2025, e a record date para pagamento dos dividendos aos detentores de American Depositary Receipts (ADRs) negociados na New York Stock Exchange (NYSE) será o dia 10 de março de 2025. As ações da Vale serão negociadas ex-dividendo na B3 e na NYSE a partir de 10 de março de 2025.

A Companhia informa, ainda, que procederá com o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor total bruto de R$ 0,520530743 por ação  de emissão da Vale, já deliberados pelo Conselho de Administração, conforme comunicações ao mercado em 28 de novembro de 2024 e 11 de dezembro de 2024. A data de corte para o pagamento de JCP aos detentores de ações de emissão da Vale negociadas na B3 foi o dia 11 de dezembro de 2024 e a record date para detentores de ADRs negociados na NYSE foi o dia 12 de dezembro de 2024.

O pagamento dos dividendos e dos juros sobre o capital próprio ocorrerá em 14 de março de 2025. Os titulares de ADRs receberão o pagamento por meio do Citibank N.A., agente depositário dos ADRs, a partir de 21 de março de 2025. O valor por ação a ser pago sob a forma de dividendos pode sofrer pequena variação até as datas de corte em decorrência do programa de recompra de ações em vigor, que impacta o número de ações em tesouraria. Sendo o caso, a Companhia fará um novo Aviso aos Acionistas informando o valor final por ação.

Vale (VALE3)

A Vale é uma das maiores companhias de mineração do mundo, estando entre as 3 maiores produtoras de minério de ferro (finos e pelotas). A companhia ainda possui operações de extração de metais como níquel, cobre e cobalto, usados em produtos relacionados a transição energética. Suas operações estão concentradas no Brasil, com 3 principais sistemas de extração (Sistema Norte, Sudeste e Sul) e em países como Canadá, Reino Unido, Japão e Indonésia. A Vale ainda possui a participação em operações complementares a cadeia de mineração, sendo acionista de companhias como VLI e MRS (transporte ferroviário), Aliança Energia (geração de energia), terminais de movimentação portuária, usinas de beneficiamento de minério e outras operações de mineração, como a Vale Base Metals e Samarco.

Estrutura Acionária: Capital Group (10,2%), Previ (8,8%), Blackrock (6,4%), Mitsui (6,3%) e free float (68,3%).
Atualizações: No final de 2024 companhia assinou o acordo relativo a reparação do rompimento da barragem de Brumadinho, que prevê R$170 bilhões em compensações ao longo de 20 anos, com parte dos recursos já alocada.

Destaques dos Resultados

  • Desempenho operacional sólido em todos os segmentos de negócios; todos os guidances atingidos. Os embarques de minério de ferro foram estáveis t/t e 9,1 Mt menores a/a, devido à otimização de portfólio para produtos de maior margem.
  • Como resultado, o prêmio all-in melhorou US$ 2,9/t t/t e a/a, totalizando US$ 4,6/t,com os prêmios de finos de minério de ferro alcançando US$ 1,0/t no trimestre (vs. US$ -1,9/t no 3T). O preço médio realizado de finos de minério de ferro foi US$ 93/t, 3% maior t/t, enquanto ano contra ano foi 21% menor, impactado pelos menores preços de referência.
  • O custo caixa C1 de finos de minério de ferro, sem compras de terceiros, reduziu 9% t/t e 10% a/a, alcançando US$ 18,8/t, o menor desde o 1T22. Em 2024, o C1 ficou no limite inferior do guidance (US$ 21,5-23/t), em US$ 21,8/t, 2% menor a/a. A redução de custos foi resultado da estabilidade operacional, iniciativas de eficiência e depreciação do real brasileiro.
  • Os custos all-in de cobre e níquel foram US$ 1.098/t e US$ 13.881/t, respectivamente. O custo all-in de cobre foi o menor desde o 4T20 e, de níquel, desde o 1T22. Em 2024, os custos all-in totalizaram US$ 2.616/t e US$ 15.420/t, em linha com o guidance.
  • O EBITDA Proforma aumentou 9% t/t e reduziu 40% a/a, totalizando USD 4,1 bilhões no 4T. O EBITDA Proforma foi US$ 15,4 bilhões em 2024, 22% menor a/a, impactado por menores preços de minério de ferro.
  • O CAPEX de US$ 6,0 bilhões em 2024 foi estável a/a. Eficiências de projeto foram  identificadas no portfólio, levando à revisão do guidance de CAPEX em 2025 para ~US$ 5,9 bilhões (vs. ~US$ 6,5 bilhões anteriormente).
  • O fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 817 milhões, US$ 2,251 bilhões menor a/a, refletindo menor geração de EBITDA e representando um yield de FCL recorrente implícito de 10% no ano.
  • Um hedge adicional de US$ 3,1 bilhões foi contratado para 2025 a uma taxa fixa de 6,31 BRL:USD no 4T, totalizando US$ 5,9 bilhões para o ano a 6,25 BRL:USD, cobrindo uma parte significativa das saídas de caixa projetadas em reais.
  • A dívida líquida expandida se manteve estável t/t, alcançando US$ 16,5 bilhões em 31 de dezembro de 2024. 
  • Aprovação de US$ 1,984 bilhão1 em dividendos e juros sobre capital próprio a ser pago em março de 2025, resultando em um dividend yield anualizado de 10,4%², junto à renovação do programa de buyback por 18 meses, de até 120 milhões de ações.

    -(1) US$ 1,596 bilhão em dividendos aprovados em 19 de fevereiro e US$ 388 milhões em juros sobre capital próprio aprovados em 28 de novembro de 2024.  (2) Considerando a capitalização de mercado em 31 de dezembro de 2024, ajustada pela data-ex para pagamento dos juros sobre capital próprio.
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