Com commodities em queda, Ibovespa fecha abaixo de 109 mil pontos

Com a forte queda nas commodities, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operou em queda nesta terça-feira. O índice recuou 0,88%, para 108.959 pontos, depois de oscilar entre 107.780 e 109.924 pontos.

Vale e Petrobras puxaram o índice para baixo. As duas companhias sofreram neste pregão com a expectativa de medidas do governo chinês para conter o avanço da variante ômicron no país.

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“O mercado espera que o governo chinês não implante uma política de tolerância zero no país, com isolamentos mais rigorosos”, disse Rafael Foscarini, da Belo Investment Research. “Caso isso ocorra, afeta a demanda tanto de minério de ferro quanto de petróleo e, consequentemente, os preços dessas commodities.”

O minério de ferro teve, pelo segundo dia consecutivo, queda acima de 5%. A principal matéria-prima do aço recuou 5,23% no porto chinês de Qingdao, para US$ 136,19 a tonelada. Com isso, as ações da Vale recuaram 2,87%, a R$ 88,97.

Questão interna afeta mais o papel da Petrobras que caem afetando Ibovespa

Já a Petrobras (PETR4) apresentou queda de 2,42%, a R$ 31,10. A baixa no papel, no entanto, é explicada pelo cenário interno, com a expectativa de controle maior do governo para conter a alta dos preços dos combustíveis no país.

A isenção de impostos, como PIS/Cofis, para combustíveis criou um embate entre o governo federal e o presidente da Petrobras, Silvio Luna, que defende a política de preços atual da estatal. “Isso cria incertezas no mercado.”

Além da questão interna, a expectativa de cessar-fogo e quebra da demanda na China por causa da covid-19, afetam o preço do barril de petróleo que chegou a ser cotado abaixo de US$ 100, o barri.

Entre as maiores altas do Ibovespa estiveram as empresas aéreas. A Azul subiu no rastro da medida de isenção de PIS/Cofis para querosene de aviação. Os papeis da Azul foram negociados a R$ 20,15 com evolução de 7,18%.

Já entre as ações que mais caíram a Magazine Luíza se destacou. A varejista publicou balanço ruim e frustrou expectativa do mercado. A queda foi de 8,26%, a R$ 4,89.

Nos EUA, bolsas fecham em alta puxadas por queda do petróleo

As bolsas de Nova York fecharam em alta, com investidores atentos aos desdobramentos da guerra na Ucrânia e o forte recuo nos preços do petróleo, que voltaram a operar abaixo de US$ 100 por barril no mercado futuro, aliviando parte da pressão sobre expectativas inflacionárias.

O movimento no mercado acionário ocorre ainda na véspera da decisão que deve marcar a primeira alta de juro do Federal Reserve (Fed) desde o início da crise do coronavírus.

O índice Dow Jones terminou a sessão com avanço de 1,82%, aos 33.544,34 pontos, o S&P 500 acumulou alta de 2,14%, aos 4.262,45 pontos, e o Nasdaq fechou com ganho de 2,92%, aos 12.948,62 pontos. (Com AE)