Vale e Petrobras caem forte e Ibovespa inicia agosto no vermelho

O Ibovespa fechou o primeiro dia de agosto em queda de quase 1%, pressionado pela Vale e Petrobras, que operaram em baixa durante toda a sessão.

A Bolsa fechou em queda de 0,91%, aos 102.225 pontos depois de oscilar entre 101.764 e 103.317 pontos. O volume financeiro do Ibovespa neste pregão girou em R$ 23,26 bilhões. Com o resultado, o Ibovespa acumula perda de quase 1% no ano.

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Os índices americanos, que também operaram em volatilidade durante toda a sessão, fecharam em leve baixa no primeiro dia de agosto. Dow Jones caiu 0,14%, S&P 500 recuou 0,28% e Nasdaq teve desvalorização de 0,18%.

O que pressionou o Ibovespa para o vermelho nesta sessão foram as ações das empresas ligadas às commodities. Vale e Petrobras recuaram forte nesta segunda-feira. A mineradora desacelerou 2,47%, apesar da recuperação dos preços do minério de ferro.

O contrato de minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China , para entrega em setembro, encerrou as negociações em alta de 0,8%, a 787 yuans (US$ 116,55) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de setembro do ingrediente siderúrgico subiu 1,2% a US$ 116,40 a tonelada.

Já a Petrobras, que nas duas últimas sessões se valorizou fortemente com a divulgação da distribuição de dividendo recorde para um trimestre de mais de R$ 87 bilhões, fechou em queda, PETR4 caiu 1,38% e PETR3 1,27%.

“Petróleo cai com PMI fraco na China e grãos recuam com Ucrânia na contramão da alta do minério de ferro. Antes de payroll que pode ser decisivo para as apostas nos juros dos EUA, PMI e ISM americanos podem afetar o desempenho dos ativos nesta segunda”, afirma o Banco Safra em relatório. O petróleo tipo Brent recuou 3,80% e cotado a US$ 100,03 o barril.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China caiu de 51,7 em junho para 50,4 em julho, segundo pesquisa divulgada pela S&P Global em parceria com a Caixin Media.

Apesar da queda, o resultado acima da barreira de 50 mostra que o setor manufatureiro chinês continuou se expandindo no mês passado, ainda que em ritmo mais fraco.

Já a produção industrial oficial da China, medida pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), fechou julho em 49, marcando queda em relação aos 50,2 da leitura do índice em junho, conforme informou a instituição.