Vendas de veículos caem menos do que o previsto
Resultado de 2020 foi o pior em cinco anos, mas as vendas reagiram no fim do ano e caíram menos do que as fábricas previam
05/01/2021Após registrar em dezembro o melhor resultado mensal do ano, as montadoras de veículos encerraram 2020 com um resultado melhor do que o esperado.
Em dezembro as concessionárias entregaram 244 mil veículos, com alta de 8,4% acima do recorde mensal anterior, em novembro. Em relação a dezembro de 2019, porém, a queda foi de 7,1%.
O saldo do ano da pandemia representou a maior queda em cinco anos. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, o total emplacado no ano passado foi de 2,06 milhões de unidades, 26,2% abaixo das vendas de 2019.
Trata-se de um recuo não observado desde 2015, quando a queda do setor, em meio à recessão brasileira, chegou a 26,6%.
A Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos, tinha, contudo, uma previsão pior, com o mercado fechando o ano em 1,92 milhão de unidades, o que seria uma queda de 31%.
Na reta final do ano, a falta de peças limitou a produção, que já tinha como entrave os protocolos de prevenção à covid-19, que obrigam as fábricas a operar com menos operários simultaneamente.
Com isso, a indústria não consegue acelerar o ritmo para atender plenamente a fila de espera que se formou, sobretudo, entre clientes de frotas, como as locadoras.
Na sexta-feira, 8 de janeiro, a Anfavea vai divulgar suas previsões para 2021. Prognósticos divulgados individualmente por montadoras apontam um mercado de não mais do que 2,5 milhões de veículos. A expectativa no setor é de que os volumes de 2019 – antes, portanto, da pandemia – só sejam repetidos em 2023.
(Agência Estado)