Visitas online a museus de São Paulo batem recorde
Acesso virtual foi acelerado pela chegada da covid-19 e estimulou a participação de público também de fora do Estado e do país
17/03/2021
Dona de um dos acervos mais importantes do Brasil, a Pinacoteca do Estado agora pode ser conhecida de qualquer lugar via internet | Foto: Divulgação
A capital cultural do Brasil fechou suas portas. Com o agravamento da pandemia de covid-19, os museus públicos de São Paulo estão vazios, mas a frequência de público aumentou, agora de forma virtual.
A expansão acelerada de programas de visitação online aos espaços culturais de São Paulo tem servido a milhares de pessoas de várias partes do Brasil e do mundo.
O secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, explica que o número de visitas cresceu graças ao trabalho das equipes institucionais e de comunicação no desenvolvimento de programas de acesso virtuais.
Pandemia acelerou digitalização
“Os processos de digitalização já estavam em andamento, mas a pandemia nos fez entender a importância da ampliação e divulgação do acesso virtual não só aos equipamentos, mas também aos programas em curso”, diz o secretário.
Segundo Sá Leitão, muitas pessoas que não frequentavam museus passaram a fazê-lo, graças à facilidade de acesso virtual e às possibilidades que as ferramentas permitem, por exemplo, para fazer pesquisas.
Os maiores números de acessos foram da Pinacoteca de São Paulo (4 milhões de acessos em 2020), Museu da Diversidade Sexual (2,3 milhões), Museu da Imagem e do Som (1,9 milhões), Museu da Imigração (1,4 milhões) e o Museu Afro Brasil (899 mil acessos.
Mesmo fechado para o público desde o final de 2015, quando foi atingido por um incêndio, o Museu da Língua Portuguesa ficou em décimo primeiro lugar no ranking, com 277,7 mil acessos.
Pinacoteca tem duas vezes mais visitas
Segundo a Secretaria, em 2020 mais de 15 milhões de pessoas tiveram acesso às exposições e ao acervo permanente dos museus estaduais em São Paulo.
O levantamento, que reúne as visitas presenciais e on-line, somou pouco mais de 4,2 milhões em 2019.
Só a Pinacoteca do Estado foi a que mais cresceu em público: 4 milhões de visitas no primeiro ano da pandemia. Em 2019, foram pouco mais de 2 milhões.
Outras instituições beneficiadas pelo incremento virtual foram o Museu da Diversidade Sexual (2,3 milhões de acessos), o Museu da Imagem e do Som (1,9 milhão), o Museu da Imigração (1,3 milhão) e o Museu Afro Brasil (900 mil).
O Museu da Língua Portuguesa, fechado para o público desde o final de 2015, quando foi atingido por um incêndio, o ficou em décimo primeiro lugar no ranking, com 277 mil acessos.
Visita virtual valoriza edifício histórico
O aumento expressivo dos acessos à Pinacoteca é compreensível. Além de abrigar exposições de porte internacional, seu acervo fixo reúne uma das coleções públicas mais importantes do país, distribuídos em um projeto arquitetônico reconhecido internacionalmente.
O tour on-line valoriza o layout do prédio e propõe uma experiência que não deixa a dever ao passeio real pelo mais antigo museu de São Paulo.
Partindo da planta tridimensional do edifício projetado por Ramos de Azevedo e reformado por Paulo Mendes da Rocha, o passeio virtual oferece diferentes possibilidades de desolamento dentro das áreas expositivas de maneira intuitiva e simples.
Com o menu didático, o expectador pode escolher as seções por temas, obras por que tem mais curiosidade, seções ou exposições, realizar a aproximação por zoom a telas e esculturas e obter as informações sobre elas ao mesmo tempo. O cheiro bom do Flor Café, esse terá de esperar até a reabertura.
Links para visita virtual aos museus de SP
Pinacoteca de São Paulo
Museu da Imagem e do Som
Museu da Diversidade Sexual
Museu da Língua Portuguesa
Museu da Imigração
Museu Afro Brasil
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