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Djokovic é preso pela segunda vez na Austrália

Nas vésperas do torneio de tênis Australian Open, tenista sérvio volta a ser detido por entrar na Austrália sem vacina e mentir sobre escalas anteriores

Novak Djokovic, que teve o visto cancelado na Austrália, gritando com os punhos cerrados de camisa azul durante jogo de tênis

Número 1 do mundo estrearia no Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada, no próximo domingo, 16, contra o compatriota Miomir Kecmanovic | Foto: Reprodução/Twitter

O tenista número um do mundo, Novak Djokovic, foi detido novamente no centro de detenção em Melbourne, enquanto a justiça decide sobre a sua deportação por ter entrado no país sem ter sido vacinado contra a covid-19 e mentir sobre escalas anteriores à viagem.

O sérvio de 34 anos voltou, neste sábado, 15, ao centro de detenção de imigrantes, onde já esteve detido por cinco dias na semana passada

O governo australiano cancelou seu visto pela segunda vez nesta sexta-feira, mas não prosseguiu com sua expulsão imediata até a decisão do tribunal sobre o recurso interposto pelos advogados do jogador.

O caso está nas mãos de um tribunal federal, depois que o juiz de Melbourne, a quem os advogados do tenista apelaram, se declarou incompetente. Essa mudança pode retardar o procedimento, estimou sua defesa.

De acordo com a documentação apresentada ao tribunal, as autoridades do país oceânico argumentam que a presença de Djokovic “pode ​​estimular o sentimento antivacina” e causar “agitação social”, razões pelas quais solicitam a sua expulsão.

O tribunal realizou neste sábado uma audiência, que Djokovic acompanhou eletronicamente, e outra está marcada para este domingo (16), apenas um dia antes da suposta estreia de Djokovic no Melbourne Park contra seu compatriota Miomir Kecmanovic.

Comunicado oficial de cancelamento do visto australiano de Novak Djokovic | Foto: Reprodução
Comunicado oficial de cancelamento do visto australiano de Novak Djokovic | Foto: Reprodução

O ministro de Estado australiano disse que o governo está “firmemente comprometido em proteger as fronteiras, particularmente em relação à pandemia de covid-19”.

O tenista número 1 do mundo estrearia no Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada, no próximo domingo, 16 (segunda, 17, na Austrália), contra o compatriota Miomir Kecmanovic.

Seus advogados buscam reverter a decisão com uma apelação e conseguiram, em caráter emergencial, uma audiência no Tribunal do Circuito Federal de Melbourne.

Porém, o juiz Antony Kelly se declarou incompetente para julgar o caso e o enviou à Justiça Federal australiana.

“O Sr. Hawke escolheu remover da Austrália um homem de boa reputação e prejudicar sua carreira por causa dos comentários que Djokovic fez em 2020. Ele não tem base racional para dizer que a decisão que toma é para evitar maior sentimento antivacina, que ele está tentando minimizar”, afirmou Nicholas Wood, advogado do tenista.

Na última quarta-feira, 12, Djokovic admitiu ter errado no formulário de imigração ao dizer que havia ficado em isolamento após testar positivo para a doença.

Informações equivocadas prestadas ao governo australiano, inclusive, podem dar até um ano de prisão.

Além de Hawke, o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison divulgou uma nota à imprensa sobre o cancelamento do visto de Djokovic.

Segundo a autoridade, a ação do ministro se visa “a saúde e motivos de boa ordem, com base no interesse público”.

“Australianos fizeram muitos sacrifícios durante essa pandemia, e com razão esperam que o resultado desses sacrifícios sejam protegidos.

Primeiro Ministro da Austrália divulga pronunciamento sobre caso Djokovic — Foto: Reprodução

Odisseia de Djokovic até o cancelamento do visto

Sem ter se vacinado contra a covid-19, Djokovic vive uma odisseia na Austrália desde a primeira semana de janeiro.

O comprovante de imunização é pré-requisito para qualquer viajante entrar no país e participar, inclusive, do Australian Open.

Ao viajar para o país, o atleta alegou ter uma permissão especial da organização do torneio para participar sem comprovar a imunização contra o coronavírus.

Dessa forma, ele publicou nas redes sociais que estava indo para a Oceania com uma permissão especial para participar do torneio.

Assim que desembarcou, ele foi barrado pela imigração australiana e correu o risco de ter o visto cancelado e ser deportado.

Mas na última segunda-feira, 11, um juiz federal concedeu a Djokovic o direito de entrar na Austrália e participar do Grand Slam.

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