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Volvo suspende produção de caminhões no Paraná

Montadora vai parar linha a partir desta terça-feira, 23, em Curitiba. Falta de peças e agravamento da pandemia motivaram medida

Fábrica da montadora sueca Volvo

Suspensão das atividades na planta de Curitiba atingem cerca de 2 mil funcionários | Foto: Divulgação/Volvo Group

A Volvo vai paralisar a partir desta terça-feira, 23, a maior parte da produção de caminhões na fábrica de Curitiba (PR). Os motivos são a falta de peças, principalmente componentes eletrônicos, junto com o agravamento da pandemia de covid-19 no país.

A suspensão da produção de caminhões atinge aproximadamente 2 mil funcionários do total de 3,7 mil pessoas que trabalham na fábrica da Volvo na capital paranaense.

Em nota, a montadora de origem sueca diz que vai manter “boa parte” do efetivo em atividade, incluindo a produção de ônibus e uma parte da linha de caminhões, assim como a distribuição de peças a concessionárias.

Antes da fabricante de caminhões, a Volkswagen anunciou na sexta-feira, 19, a suspensão por 12 dias da produção em todas as suas fábricas no Brasil em razão da crise sanitária.

Sindicato apoia a suspensão de atividades

Sindicatos dos metalúrgicos pressionam outras montadoras a adotar a suspensão de atividades, em linha com a Volvo e a Volkswagen.

Na sexta-feira, a Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos, teve a terceira reunião na semana com o sindicato dos metalúrgicos da região do ABC paulista para tratar do assunto.

No encontro, foi reforçado pelo sindicato a urgência de paralisar as linhas devido ao quadro de recordes de contaminações e óbitos por covid-19, com baixa disponibilidade de leitos para tratamentos nos hospitais.

A posição da Anfavea é que cada montadora deve discutir individualmente a possibilidade de paralisação espontânea com o sindicato de sua respectiva região, levando em conta a situação sanitária na cidade da fábrica e entorno.

Situação de GM e Volkswagen

Em São Caetano do Sul, onde a General Motors (GM) tem uma fábrica, o sindicato local reivindica licença remunerada de 12 dias aos funcionários da montadora a partir de quarta-feira, 24.

Além da fábrica de São Bernardo do Campo, a Volkswagen vai parar a partir de quarta-feira, até 4 de abril, as linhas de Taubaté e São Carlos, também em São Paulo, e a unidade de São José dos Pinhais, no Paraná.

No sul do Rio de Janeiro, a fábrica da Volkswagen Caminhões e Ônibus mantém a produção.

A montadora alemã informa que segue acompanhando os desdobramentos da pandemia e continua seguindo rígidos protocolos de segurança, promovendo também campanhas de conscientização de prevenção com funcionários. (AE)

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