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As zebras não estão só na Copa

Para se proteger das zebras do mercado financeiro em 2023, setores defensivos, como seguradoras, bancos, varejo alimentos e commodities podem ser boas alternativas

japão e alemanha

Japão vence alemanha na Copa: zebras não acontecem só em campo | Foto: Divulgação


Naquele 8 de junho de 1990, ninguém imaginava o quão surpreendente seria o jogo de abertura de Copa do Mundo. A Argentina chegava como a campeã do último mundial e a seleção de Camarões estava apenas disputando sua segunda edição da competição mais importante do mundo.

Vamos combinar, amigos: se fosse para apostar, somente uma parcela bem pequena de especuladores colocaria algum dinheiro na vitória do time africano. O fato é que o mundo inteiro estava ali para assistir a um espetáculo de Maradona, Caniggia e outros talentos.

Porém, quem brilhou naquela tarde em Milão, na Itália, foi o imponderável. Aos 22 minutos do segundo tempo, o surpreendente Omam-Biyik subiu de cabeça na área e o goleiro argentino Pumpido aceitou um frango. 1 a 0 para Camarões. Fim de jogo – todos boquiabertos.

Nesta Copa do Catar, a imprevisibilidade deu as caras novamente e reforçou muitas lições que até já sabíamos, mas algumas vezes, deixamos de lado. Muitos timaços caíram para seleções de menor expressão. Mas este não é um texto apenas sobre futebol. É
uma reflexão sobre a imprevisibilidade, sobre economia, sobre a vida como ela realmente é.

No mercado financeiro não poderia ser diferente. Sempre poderemos ser surpreendidos com algum fato que simplesmente não estava no radar. Os cisnes negros não nos deixam mentir, não é mesmo? Mas, além dos surpreendentes marcos históricos econômicos, há também os imprevistos do nosso cotidiano.

Durante a última temporada de resultados, por exemplo, o mercado sofreu com algumas decepções na Bolsa, como Americanas e JBS. Ambos papéis tiveram fortes perdas e até o fechamento deste texto não se recuperaram.

Impossível estar sempre bem posicionado quando a zebra dá as caras, mas é um exercício diário tentarmos minimizá-las.

Enquanto estamos no aquecimento para entrar em campo em 2023, é importante ficarmos de olho em setores mais sensíveis aos juros, que tendem a uma performance melhor, já que a inflação deve ser mais controlada e o afrouxamento na política monetária é iminente.

Varejo, concessões de rodovias e shoppings podem ser setores para uma estratégia mais ofensiva. E, para minimizarmos qualquer zebra, é aconselhável escalar alguns setores defensivos, como seguradoras, bancos, varejo alimentício e commodities.

Por fim, o mais importante: diversificar as modalidades de investimentos é fundamental para que tenhamos um portfólio equilibrado.

Depois de um 2022 efervescente, com batalhas duríssimas nas urnas e nos campos, é hora de refletirmos sobre o que aprendemos, respirarmos fundo e botarmos o pé direito em 2023. Nos vemos lá.

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