O Procurador-Geral de Nova York entrou com uma ação judicial contra a JBS, alegando que a empresa enganou os consumidores em relação às suas metas climáticas, como o plano de atingir emissões líquidas zero de carbono até 2040, com o objetivo de aumentar as vendas.
Entre outras alegações, o processo afirma que a meta de emissão líquida zero de carbono da JBS não é atingível devido à quantidade de emissões de carbono decorrentes da produção de carne bovina, incluindo o gás metano produzido pelo gado.
De acordo com o procurador-geral, a empresa violou as leis estaduais que protegem os consumidores contra fraudes.
Avaliação do Safra sobre a ação em NY contra a JBS
Na avaliação do Safra, a ação judicial não parece ter o potencial de causar um impacto financeiro significativo sobre a JBS, uma vez que a multa proposta, caso a empresa seja considerada responsável, é de “pelo menos” US$ 5.000 por violação, além da exigência de devolver qualquer lucro obtido com alegações de sustentabilidade passadas consideradas falsas (o que parece bastante difícil de determinar).
No entanto, essa é outra peça de publicidade negativa que precede a proposta de listagem dupla da JBS. Recentemente, grupos de legisladores do Reino Unido e dos EUA pediram à SEC que rejeitasse a proposta de listagem dupla em cartas separadas, alegando violações de sustentabilidade, entre outras alegações.
O maior escrutínio e a oposição pública dos participantes relevantes podem adiar ainda mais, se não comprometer, os planos de listagem dupla da empresa.