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Vibra Energia: desafios com mudanças tributárias e ambiente competitivo

Alterações nos créditos de PIS/Cofins e dinâmicas do mercado devem pautar ações da empresa até o fim de 2024


O Banco Safra participou de reunião com gestores de relações com investidores da Vibra Energia (VBBR3). Do encontro, surgiram boas perspectivas para a empresa diante do cenário atual. A discussão abordou temas cruciais como o impacto de mudanças legislativas nos créditos tributários de PIS/Cofins e as dinâmicas de mercado para o segundo trimestre de 2024, que devem pautar as ações da empresa no período.

Principais destaques:

  • Créditos de PIS/Cofins, monetizados a um ritmo mais lento, impactam o valor presente dos créditos
  • A empresa prevê a manutenção das margens unitárias no 2º trimestre de 2024
  • A Vibra está aberta à importação de diesel da Rússia, buscando oportunidades custo-efetivas

Essas perspectivas, que refletem uma cuidadosa navegação pelas águas turbulentas da legislação tributária e do mercado de combustíveis, reforçam a posição estratégica da Vibra Energia enquanto busca sustentar seu crescimento e rentabilidade em um setor dinâmico e desafiador.

Mudanças em legislações impactam a Vibra Energia

A nova medida provisória que restringe a utilização de créditos tributários de PIS/Cofins para a compensação de outros tributos federais está entre as mudanças significativas que impactarão a Vibra.

A empresa, que contava com cerca de R$1,7 bilhão em créditos tributários sob a Lei Complementar No. 192, agora se vê obrigada a ajustar seu ritmo de monetização para aproximadamente R$ 300 milhões por ano – um decréscimo em relação ao ritmo anterior de R$1,1 bilhão por ano.

Esse ajuste é estimado para reduzir o valor presente dos créditos tributários em torno de R$245 milhões, o que representa cerca de 1% do valor de mercado da Vibra Energia.

Por outro lado, os créditos tributários que poderiam advir de uma decisão judicial sobre a Lei Complementar nº 194 parecem não ser afetados por essa medida provisória e deverão ser monetizados em um período de cinco anos. Com essas previsões, a Vibra espera que os créditos de PIS/Cofins sejam integralmente monetizados em um intervalo de cinco a seis anos, um ligeiro atraso em relação ao período de quatro ou cinco anos anteriormente esperado.

A questão do diesel

A Vibra antecipa um cenário mais favorável no ambiente competitivo do segundo semestre deste ano. A redução dos estoques de diesel e a ausência de importações com incentivos fiscais devem contribuir para a manutenção das margens unitárias da empresa, alinhadas com o desempenho do trimestre anterior, apesar de um aumento sazonal esperado nos volumes de vendas. Em adição, a Vibra manifestou a sua disposição para explorar oportunidades de importação de diesel da Rússia, sempre que as condições de mercado se mostrarem vantajosas em termos de custo.


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