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Redação

Os apertos de cinto no segundo semestre

Próximos meses devem ser marcados ainda pela pressão inflacionária mundo afora, adicionada a riscos de recessão global e cenário doméstico incerto

O segundo semestre deste ano guarda surpresas que podem deixar investidores para trás na difícil jornada de encontrar a melhor alocação possível | Foto: Getty Images

Em um voo sob intempéries, geralmente a turbulência exige colocar em pratica as orientações de segurança padrão. Assentos na vertical e cinto afivelado. Numa navegação sob forte tempestade, não é diferente – tripulação usa sua experiência, recolhe velas e enfrenta o oceano aguardando a calmaria.

Ainda estamos longe de ver um céu de brigadeiro ou um mar de águas verdes cristalinas no mercado financeiro global, e o segundo semestre deste ano guarda mundo afora surpresas que podem deixar investidores para trás na difícil jornada de encontrar a melhor alocação possível.

Por isso, segurança é algo extremamente importante neste momento.

A nossa eleição doméstica, na parte final do ano, a desaceleração do crescimento global, a pressão inflacionária e a alta de juros constante caracterizam um cenário que pode culminar em uma recessão.

Neste ambiente, a necessidade de se posicionar corretamente é ainda maior, e contar com especialistas experientes, primordial.

Junho foi mais um mês volátil em 2022, marcado por um dos principais temores do momento – uma recessão econômica. Com isso, o S&P 500 entrou em bear market. O índice já acumula perdas superiores a 20% no ano.

Este sofrimento internacional impactou no Brasil, que viu queda forte nas commodities. Nosso país também vê crescer a preocupação fiscal, gerada pelos esforços para conter a inflação, o que ajudou a derrubar a Bolsa brasileira em mais de 11% no mês. Ainda assim, importante registrar que seguimos tendo uma das bolsas mais baratas do mundo no momento.

Externamente, devemos seguir a jornada dos próximos meses assistindo ao Fed subir juros ainda mais, o que gera impactos negativos mais robustos no crescimento. Na China, o desafio ainda gira em torno do futuro de sua estratégia Covid-zero, o que ajudara a consolidar a reabertura do país. Possibilidade, neste caso, de ventos favoráveis ao Brasil, via commodities.

Para os mercados, entramos num semestre em que céus permanecem cinzentos e mares seguem revoltos, exigindo de todos cautela nas tomadas de decisões, busca por segurança e esperança de plantarmos sementes para abrirmos 2023 numa calmaria há algum tempo não vivida.

Todos esses movimentos balançaram bem os mercados no último mês. Bolsas locais e internacionais tiveram realizações significativas. Ao mesmo tempo, a volatilidade subiu consideravelmente e o índice VIX, que mede essas variações, subiu quase 10%.

E é nesse contexto que promovemos uma leve diminuição dos riscos das carteiras, na esteira das reduções que já estávamos promovendo ao longo dos últimos meses. São movimentos que deixam as carteiras com um balanceamento risco e retorno mais adequado a essa nova realidade. Diminuímos a renda variável local e dividimos a alocação fruto da redução entre pós-fixados e investimentos em juros reais, que têm apresentado prêmios consideráveis em suas curvas como há muito não víamos. 

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