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No Agrishow, governo anuncia plano para produtores endividados

Crédito especial do BNDES para produtores agrícolas anunciado na abertura do Agrishow pode chegar a R$ 10 bilhões em 2024

Agrishow

O Banco Safra está presente no Agrishow com um estande próprio, com foco em tecnologia, processos e crédito | Foto: Getty Images

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou da abertura do Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), uma das maiores feiras do agronegócio do país, em Ribeirão Preto (SP). Alckmin destacou a criação de investimentos de letras de crédito para financiar a indústria e diminuir os custos de empréstimos e o mecanismo da depreciação acelerada para permitir a renovação de máquinas e equipamentos agrícolas.

A quebra na safra de grãos e a desvalorização das commodities agrícolas no ano passado, além da falta de financiamento subsidiado para maquinários, são os desafios do momento no setor. Neste cenário, a meta dos organizadores do Agrishow é a de pelo menos igualar o resultado do ano passado, repetindo o recorde de R$ 13,2 bilhões em vendas de tratores, colheitadeiras, pulverizadores, veículos e serviços.

“Nós precisamos de desenvolvimento, gerar emprego, renda e atrair investimento. Esse é o caminho. Para isso que se faz a Agrishow. Desenvolver novas tecnologias e fortalecer o setor produtivo, gerador do emprego e renda”, completou.

Em aceno ao agronegócio, o Governo Federal anunciou um plano para capitalizar produtores rurais endividados. O anúncio foi feito neste domingo, na abertura do Agrishow, principal feira agrícola do País.

O Banco Safra está presente com um estande próprio no Agrishow, com foco em tecnologia, processos e crédito, com o objetivo de receber os visitantes e fortalecer parcerias no setor. 

Quatro ministros, entre eles o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), participaram da solenidade de abertura do evento. O plano do governo, conta com participação do BNDES e prevê uma linha de crédito flexível, com juros atrativos, carência para iniciar o pagamento e prazo de cinco anos para quitação.

Com a nova linha CPR BNDES, o crédito próprio do banco para o agronegócio pode chegar a R$ 10 bilhões em 2024, segundo o Ministério da Agricultura. Alexandre Abreu, diretor financeiro e de crédito do BNDES, disse que a linha poderá ser utilizada para investimento, custeio, armazenagem, capital de giro ou para quem precisar alongar dívidas já existentes.

O presidente da Agrishow, João Marchesan, destacou a importância de fomentar o setor de máquinas e implementos para a agricultura. “À medida que o Brasil investir na modernização de suas máquinas, no aprimoramento de irrigação e na expansão da capacidade de armazenagem, estaremos fortalecendo os pilares essenciais para impulsionar nossa economia e promover o crescimento do PIB. O Brasil já é uma potência agrícola e pode se tornar ainda maior. Há mercados e temos terra, clima, tecnologia, agricultores e máquinas”, disse Marchesan.

O presidente da feira destacou ainda que é necessário um “Plano Safra forte, em prol da sustentabilidade do agronegócio brasileiro, sacudido e retumbante, com recursos suficientes para atender a demanda do agronegócio brasileiro, com juros controlados e compatíveis com o retorno do investimento do agricultor porque as taxas que estamos convivendo atualmente são incompatíveis com a realidade e as necessidades do agronegócio”.

BNDES anuncia crédito para produtores no Agrishow

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou uma nova forma de apoio ao setor agropecuário, no âmbito do produto Crédito Rural: a linha CPR BNDES. A nova linha foi anunciada pelo diretor financeiro e de crédito digital para MPMEs da instituição, Alexandre Abreu, durante o Agrishow.

Com a nova linha, poderão ser realizadas operações com Cédulas de Produto Rural Financeira (CPR-F) ou de Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) lastreados em direitos creditórios do agronegócio. Com a iniciativa, o crédito próprio do Banco para o setor pode chegar a R$ 10 bilhões em 2024.

“O BNDES reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do país e sobretudo com o agronegócio, estimulando seu crescimento de forma inovadora e sustentável. O agronegócio é o motor que impulsiona nosso PIB e alavanca nossa balança comercial. E o desenvolvimento da nossa agroindústria, agregando valor a nossas exportações, é uma das missões da nossa política industrial”, diz o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

As operações realizadas por meio da linha CPR BNDES seguirão as regras ambientais aplicáveis às demais soluções financeiras ofertadas pelo Banco ao setor, ainda que as normas regulatórias não prevejam essa aplicação às CPR-F e CDCA.

“O apoio ao setor agropecuário é uma prioridade do governo do presidente Lula e o BNDES, atento às regras ambientais, aprimora continuamente suas políticas de concessão de crédito, incorporando exigências adicionais para proteger o meio ambiente”, explica o presidente da instituição, Aloizio Mercadante. “Ao mesmo tempo em que ampliamos o acesso ao crédito com a nova linha, fortalecendo esse importante setor da economia brasileira, estimulamos práticas ambientalmente corretas”, completa.

Os títulos poderão ser emitidos por micro, pequenos e médios produtores rurais e cooperativas de produtores rurais com faturamento de até R$ 300 milhões por ano, bem como empresas destes portes que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos, insumos, máquinas e implementos agrícolas, pecuários, florestais, aquícolas e extrativos, formalizando, assim, a concessão de empréstimos por meio da rede de mais de 80 agentes financeiros credenciados no BNDES com atuação em todo o país.

“O BNDES é um grande parceiro da agropecuária brasileira e cumpre o seu papel de indutor do desenvolvimento social. Há um ano lançamos a linha dolarizada que trouxe mais capilaridade e ampliou as oportunidades de investimento do agro e, agora, aumentamos esse leque de opções, com a participação das cooperativas, fomentando o capital de giro. É o governo do presidente Lula trabalhando junto, para fazer a roda da economia e do desenvolvimento girar”, afirma o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

As Cédulas do Produto Rural Financeiras e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio são instrumentos importantes de financiamento no setor agropecuário e possuem ampla aceitação no mercado pela simplicidade e menor custo operacional.

A iniciativa ampliará o acesso ao crédito a pequenos produtores rurais estimulando a atuação de mais agentes financeiros no mercado, ampliando a oferta de crédito ao setor agropecuário.

“O objetivo da linha é suprir a necessidade de recursos do segmento dos micro, pequenos e médios produtores rurais e suas cooperativas, de modo a garantir a continuidade e ampliação de suas produções agropecuárias e mitigar os impactos das dificuldades enfrentadas nos últimos anos em função das intempéries climáticas que vêm ocorrendo em todo o país”, explica Abreu.

A nova linha do BNDES soma-se às soluções de financiamento já oferecidas pelo Banco por meio dos Programas Agropecuários do Governo Federal e das demais linhas do Produto BNDES Crédito Rural, que são destinadas aos investimentos em projetos, bens de capital e custeio.

Como funciona e condições financeiras – O empréstimo será formalizado com a emissão de CPR-F ou CDCA para uma instituição financeira credenciada que repassará os recursos do BNDES ao emissor dos títulos para utilização exclusivamente nas atividades agroindustriais. O limite do empréstimo para o cliente será de R$ 20 milhões a cada 12 meses, com prazo total de pagamento de até 60 meses, incluindo prazo de carência de até 24 meses. A taxa final será composta pela remuneração básica do BNDES de 1,3% ao ano, remuneração do agente financeiro de até 4,3% ao ano e pelo referencial de custo financeiro (Taxa de Longo Prazo – TLP; Taxa SELIC – TS; Taxa Fixa do BNDES – TFB ou Taxa Fixa BNDES em Dólar – TFBD). (Com informações do BNDES e Agência Brasil)

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