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Queda de consumo de gasolina nos EUA derruba cotação do Petróleo

Minério de ferro abre o dia em alta com possível apoio de seguradora estatal chinesa à incorporadora imobiliária Country Garden

Ontem o Ibovespa apresentou alta de +0,71% no último pregão, cotado a 119.268,06 pontos | Foto: Getty Images

Petróleo apresenta queda, após redução da previsão de consumo de gasolina nos EUA (USD81,0/b; -0,67%). Minério de ferro apresenta alta com notícia de que China quer que uma de suas maiores seguradoras ajude apoiar a Country Garden (USD124,2/t; +0,97%).

Bolsas no exterior operam no campo negativo à espera de fala do presidente do Fed, às 11:15h, que poderia dar indicações sobre a política monetária nos EUA. Agenda do dia ainda conta com dados de estoques no Atacado nos EUA e CPI e PPI na parte da noite na China.

Ontem o Ibovespa apresentou alta de +0,71% no último pregão, cotado a 119.268,06 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 119.600 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 122.600 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 112.500. O próximo fica na faixa de 110.850 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,37% no último pregão, cotado a 4.882,50 pontos. O ativo testa um suporte anterior e se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.880 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.810. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.090 e a segunda em 5.220.

Doméstico:

Reforma tributária passa na CCJ e vai a plenário, enquanto comissão aprova LDO. Risco de mudança na meta fiscal segue chamando a atenção dos investidores. IGP.DI de outubro apresenta queda de 4,27% a/a, superior às estimativas.

Empresas:

BTG Pactual: Ativos totais de R$ 496,4 bi no 3º trimestre superam estimativas, de R$ 489,2 bi / Lucro líquido contábil do banco alcançou recorde trimestral
Eletrobras: Cia obteve certificação verde para uma planta piloto de hidrogênio, operada por Furnas

Agenda do Dia:

08:00 – Brasil – IGP-DI/Outubro
09:00 – EUA – Pedidos de Hipoteca/Novembro
09:00 – EUA – Vendas no Varejo/Setembro
12:00 – EUA – Estoques no Atacado/Setembro
22:30 – China – CPI e PPI/Outubro

Balanços: Banco do Brasil, Braskem, Copel, Smartfit, 3R Petroleum, Aeris, Alpagartas, Blau Farmacêutica, Caixa Seguridade, Cogna Educação, Equatorial, Grupo Casas Bahia, Grupo Soma, Guararapes, Hapvida, Iochpe-Maxion, Meliúz, Minerva, MRV, Odontoprev, Oi, Sanepar, Santos Brasil, Simpar, SLC Agrícola, Taesa, Ultrapar.

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 119.268 (+0,71%)
S&P: 4.378 (+0,28%)
Dólar Futuro: R$4,88 (-0,37%)

Atualizações Safra:

Arezzo: Resultados do 3T23 acima das estimativas

A Arezzo&Co registrou um crescimento de 13% A/a no 3T23 e uma expansão de 28% A/a no EBITDA, com uma margem EBITDA de 17% (91bps acima da nossa estimativa, também superando a expectativa de consenso), atestando a forte execução da empresa. Em termos de desempenho das marcas, os destaques foram AR&Co (alta de 24% A/a), Vans (alta de 21% A/a) e Anacapri (alta de 23% A/a). Além disso, a empresa conseguiu melhorar sua margem bruta em 94bps em relação ao mesmo período do ano anterior, apesar dos ventos contrários do aumento do imposto sobre vendas (“DIFAL”) e de um cenário difícil para a operação internacional. Além disso, os ganhos de eficiência nas despesas gerais, administrativas e com vendas e na alavancagem operacional também levaram a uma melhoria de 224bps na margem EBITDA ajustada, que atingiu 17%. Em suma, os resultados do 3T reforçaram a nossa visão positiva sobre a empresa, especialmente no que diz respeito ao crescimento da receita e à expansão das margens, atestando a forte execução da empresa. Assim, reiteramos a nossa classificação de Compra para ARZZ3.

TIM Brasil: TIM Day 2023 – Reiterando a visão positiva

A TIM Brasil realizou seu Investor Day em Nova York, onde a administração discutiu as perspectivas futuras da empresa. No geral, acreditamos que o evento enviou uma mensagem positiva ao mercado, reiterando a nossa visão da empresa e do potencial de geração de caixa nos próximos anos. A TIM Brasil também revisou seu guidance de remuneração aos acionistas, implicando uma distribuição adicional de R$ 600 milhões (rendimento de 1,5%) e afirmando uma evolução contínua daqui para frente. Continuamos a ter uma visão positiva do setor de telecomunicações brasileiro e acreditamos que a TIM Brasil deverá ser a mais beneficiada pelas perspectivas atuais, considerando a elevada participação das receitas móveis em seu mix e as maiores sinergias advindas da aquisição da Oi.

Totvs: Resultados do 3T23 – Bons resultados, com melhoria das margens EBITDA

A Totvs reportou bons resultados no 3T23, com faturamento crescendo na casa dos dois dígitos (superando nossas expectativas) e EBITDA em linha com nossas estimativas (após custos acima do esperado no negócio de Gestão), mostrando ganhos de margens T/t. Vale destacar que no 3T23 a Totvs segregou as margens EBITDA do negócio BP, o que nos permite ter mais clareza sobre a evolução de ambos os negócios – e o que vimos foi positivo: O EBITDA dos últimos doze meses superou a marca de R$ 1 marca de bilhões, com margem em sólidos 26,6% e BP crescendo a taxas de 30% a 40%, com uma margem EBITDA na faixa de um dígito médio, caminhando para dígitos únicos elevados.
Do ponto de vista de valuation, continuamos a ver o TOTS3 sendo negociado em um nível atraente (EV/vendas de 2023e de 3,4x vs. a média de 5,7x dos ERPs globais). Além disso, a tese de investimento da Totvs permanece resiliente, combinando crescimento de dois dígitos mesmo em um ambiente macroeconômico mais desafiador com oportunidades interessantes de vendas cruzadas e opcionalidades decorrentes de suas novas iniciativas de negócios em Business Performance e Techfin. Dessa forma, reiteramos nossa classificação de Compra para as ações da Totvs.

Cury: Resultados do 3T23 – Bom desempenho em linha com estimativas

Cury divulgou mais um conjunto de resultados sólidos no 3T23, permanecendo em grande parte em linha com nossas estimativas. O forte desempenho das vendas nos últimos trimestres contribuiu para a expansão das receitas, enquanto o ambiente inflacionário estável, juntamente com preços de venda mais elevados, impulsionou um a margem bruta para 38%, traduzindo-se em uma expansão inspiradora de 20% no lucro líquido e ROE anualizado de 47%.
Em suma, reiteramos a nossa classificação de Compra no CURY3, pois deverá continuar a apresentar um dos melhores resultados do setor. Seu longo histórico de empreendimentos rentáveis e sua capacidade de operar uma ampla gama de produtos tanto no programa habitacional MCMV quanto no sistema SBPE – com padrões operacionais excepcionais – reforçam nossa posição. Além disso, apesar do aumento de 38% no preço das ações nos últimos 12 meses, a empresa ainda está negociando a um valuation atraente de 7,4x P/E 2024E, ligeiramente acima da média de seus pares de baixa renda de 6,7x.

Direcional: Resultados do 3T23 – Margens operacionais robustas levemente compensadas por resultado financeiro pior que o esperado

A Direcional apresentou resultados satisfatórios no 3T23, com números um pouco abaixo de nossas estimativas. Por um lado, o resultado inferior ao esperado foi compensado por ganhos robustos de rendimentos de ações, que, juntamente com uma excelente margem bruta de 37% e menores despesas comerciais geraram uma inspiradora margem EBITDA de 25%. Por outro lado, um pior resultado financeiro, alimentado pela menor venda de recebíveis, fez com que os resultados ficassem abaixo do esperado.
Em suma, reiteramos a nossa classificação de Compra para DIRR3, pois ainda acreditamos que a sua crescente exposição ao segmento de média/baixa renda deverá continuar a impulsionar melhorias no resultado da empresa. Além disso, a alta rentabilidade de sua operação dentro do programa habitacional do governo poderia ser vista como uma proteção durante o ciclo de aperto monetário, especialmente considerando que os recentes incentivos implementados no programa habitacional do MCMV impulsionaram a rentabilidade global e que os R$ 430 milhões arrecadados em sua oferta de ações otimizou a estrutura de capital da empresa.

Iguatemi: Resultados do 3T23 – Desempenho sólido reforçado por ganhos monetários importantes

A Iguatemi reportou resultados sólidos no 3T23, com números que ficaram em linha com nossas estimativas otimistas. A melhora no mix de locatários e no desempenho de vendas ao longo do ano, traduzida em um crescimento real do aluguel e menos descontos concedidos, impulsionou o crescimento de 12% a/a da receita, que, juntamente com os R$22 milhões já divulgados em ganhos de capital, levaram à impressionante expansão de 49% a/a adj. FFO.
Em suma, reforçamos nossa recomendação de Compra para IGTI11, nossa principal escolha no segmento. Acreditamos que seu portfólio premium continuará a proporcionar poder de precificação e alavancagem de negociação com seus locatários, resultando em crescimento real do aluguel e desempenho superior das ações. Além disso, suas ações estão sendo negociadas atualmente a um rendimento FFO atraente de 10,5% no primeiro ano, o que implica um spread atraente de 4,8pps em relação à NTN-B 2035, 2,3pps acima da média histórica de 5 anos de 2,5%.

Movida: resultados do 3T23 – 3T23 negativo, mas majoritariamente em linha com nossas expectativas

A Movida divulgou resultados negativos para o 3T23. Como esperado, os bons números de sua divisão de frotas, impulsionados pela demanda continuamente aquecida, foram compensados por um desempenho pouco inspirador de seu segmento de RAC, após uma mudança na estratégia da empresa, que se concentra na eficiência operacional e na lucratividade, e não no tamanho dessa divisão. Enquanto isso, o modesto aumento de receita, juntamente com custos mais altos em sua divisão de aluguel consolidada e um mix de vendas pior em seu segmento de Seminovos, levou a uma margem operacional consolidada menor no trimestre. Apesar dos esforços da empresa para gerenciar os passivos, as despesas financeiras continuaram a prejudicar o resultado da Movida, que caiu para um prejuízo líquido de R$66 milhões, de um lucro líquido de R$94 milhões no 3T22. Como resultado, o ROIC spread da empresa ficou em 4,6% (-1,8pps a/a e -8,1pps t/t).

Armac: Resultados do 3T23 – Resultados trimestrais decentes, como esperado

A Armac apresentou resultados ligeiramente positivos no 3T23, em linha com nossas estimativas. O resultado da empresa cresceu 23% em relação ao ano anterior para R$48 milhões, ficando apenas 4% abaixo de nossa previsão. A melhora ano a ano foi impulsionada pelo aumento de 43% a/a na receita, principalmente atribuído a um salto de 47% a/a em suas receitas de aluguel, combinado com despesas gerais, com vendas e administrativas controladas. No entanto, seu desempenho foi parcialmente compensado por um aumento de 46% em relação ao ano anterior no CPV, o que reduziu ligeiramente sua margem EBITDA (-156bps em relação ao ano anterior), além de um aumento de 64% em relação ao ano anterior nas despesas financeiras líquidas.

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