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Prévia dos resultados do setor de serviços financeiros no 4T23

Dados da Susep indicam quarto trimestre forte para as seguradoras, mas sinistros cresceram em dezembro; b3 teve resultados fracos


Tendências mistas, mas mais favoráveis para as seguradoras

Seguros: Os dados da Susep indicam um quarto trimestre forte… mas atenção para dezembro. Com os números de outubro e novembro da Susep disponíveis, podemos prever um quarto trimestre forte com um nível razoável de confiança. No entanto, podemos observar em dezembro:

  • (i) um aumento nos sinistros de seguro rural em BB Seguridade, embora não o suficiente para arruinar os fortes dados operacionais da BBSE no quarto trimestre; e
  • (ii) maior despesas operacionais para IRB RE, já que o programa de demissão voluntária deve pesar sobre os lucros.

Caixa Seguridade e Porto (menor alíquota de imposto) devem ter desempenho superior com crescimento de 2% a 3% no trimestre. Embora vejamos a BBSE com ganhos recordes de R$2,070 bilhões (+0,6% t/t), o guidance para 2024 deve implicar um menor poder de lucros, em nossa opinião.

Pagamentos: Uma melhora para a Cielo, mas abaixo das expectativas iniciais. Vemos um crescimento sequencial na receita líquida (+5,5% t/t e no lucro líquido (+5,8%), impulsionado pela recuperação dos volumes (TPV). Ainda assim, a tarifa não deve reverter sua tendência de queda (-4bps t/t, dada a penetração abaixo do esperado dos produtos de pré-pagamento, o que poderia frustrar as expectativas que tínhamos quando nos reunimos com a administração da empresa em dezembro. A despesa operacional deve pesar sobre os resultados devido às maiores despesas com pessoal, em função do aumento da força de vendas e dos reajustes salariais anuais, bem como das despesas gerais e administrativas e de marketing.

Mercados de capitais: Esperam-se resultados fracos para a B3. Estimamos uma receita líquida estável t/t de R$2,245 bilhões, apesar dos dias úteis a menos no Q4. No entanto, esperamos que o EBITDA ajustado diminua -8,6% t/t para R$1,479 bilhão, à luz da fraca sazonalidade nas despesas de pessoal e gerais e administrativas, levando a uma queda de -607bps t/t na margem EBITDA para 65,9%.

Além disso, com a emissão de debêntures de R$2,55 bilhões, vemos os resultados impactados pelas taxas de negociação. Em suma, o lucro GAAP deve totalizar R$931 milhões, uma queda de -13% t/t (-7% a/a), ou R$1.030 milhões em lucro líquido ajustado. Apesar dos problemas de curto prazo, mantemos nosso call mais otimista para a B3, considerando uma potencial recuperação na velocidade de giro após uma esperada virada do ciclo monetário global.

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