O Carrefour registrou vendas de R$ 31 bilhões (-1,2% ano a ano) devido ao menor índice de vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) (-0,5% ano a ano) e à redução da área de atuação.
As vendas de Cash and Carry (“C&C”) (R$ 21 bilhões) cresceram 2%, uma vez que a expansão do número de lojas compensou a queda de 1,8% no SSS.
Por outro lado, as vendas do Varejo (R$ 7 bilhões) caíram 15% em relação ao ano anterior, com redução de 4% no SSS e na área de atuação (conversões para C&C e fechamentos).
Finalmente, o Sam’s Club adicionou R$ 2 bilhões às vendas, que cresceram 18% em relação ao ano anterior devido a um aumento de 8% no SSS, juntamente com o crescimento de usuários ativos.
O EBITDA ajustado atingiu R$ 1,9 bilhão (-6% ano a ano) e incluiu R$ 1,1 bilhão em despesas não recorrentes relacionadas à otimização de ativos.
A CRFB registrou lucro líquido ajustado de R$ 379 milhões, ante R$ 426 milhões no 4T22 e comparado com nossa estimativa de R$ 312 milhões.
Com relação ao fluxo de caixa, a empresa registrou uma queima de caixa LTM (variação da dívida líquida) de R$ 343 milhões, que inclui o impacto positivo de R$ 1,4 bilhão da venda de ativos.
Excluindo esse impacto positivo, a queima de caixa teria sido de R$1,7 bilhão, dos quais R$ 919 milhões (R$ 328 milhões no 4T23) foram relacionados a passivos contingentes.
Em suma, continuamos a ter uma postura mais conservadora em relação às margens de longo prazo (corroborada por um resultado repleto de ajustes no 4T23), e permanecemos cautelosos em relação aos R$ 12,6 bilhões em provisões e passivos contingentes no balanço da empresa. Assim, o Banco Safra reitera a recomendação Neutro e o preço-alvo de R$ 10,3/ação.