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GPA Brasil melhora desempenho, mas alavancagem financeira preocupa

Consumo de caixa e dívida líquida de R$ 2,3 bilhões do Grupo Pão de Açúcar (GPA Brasil) ainda preocupam, segundo análise do Banco Safra


O Grupo Pão de Açúcar (PCAR) registrou vendas de R$5,2 bilhões (+7% ano a ano) devido a uma combinação de +6% de crescimento de vendas em mesmas lojas ano a ano (ex-estações de serviço) e expansão da presença (+35 lojas nos últimos 12 meses). As vendas de lojas no formato premium aumentaram 7%, atingindo R$2,4 bilhões, devido ao crescimento de +4% das vendas em mesmas lojas em relação ao ano anterior.

As vendas das lojas do formato varejo aumentaram 1% em relação ao ano anterior, atingindo R$1,6 bilhão, uma vez que o crescimento de +2% das vendas em mesmas lojas foi parcialmente compensado pela redução da área de atuação. Por fim, as lojas de vizinhança adicionaram R$827 milhões às vendas, que cresceram 20% ano a ano devido a um aumento de 6% ano a ano nas vendas em mesmas lojas, juntamente com um aumento no número de lojas (+46 nos últimos 12 meses).

O EBITDA ajustado atingiu R$404 milhões (+39% ano a ano), uma vez que a melhora da margem bruta (+307 pontos-base ano a ano) mais do que compensou as maiores despesas gerais, com vendas e administrativas. É importante notar que o EBITDA ajustado exclui R$89 milhões de provisões relacionadas à reestruturação de lojas.

A PCAR registrou um prejuízo líquido de R$87 milhões, ante um prejuízo de R$272 milhões no 4T22, devido à melhora no desempenho operacional. Com relação ao fluxo de caixa, a empresa registrou uma queima de caixa nos últimos 12 meses (variação da dívida líquida) de R$193 milhões, que inclui o impacto positivo da venda de ativos (R$792 milhões) e o pagamento de R$250 milhões em dividendos. Excluindo ambos os eventos, a queima de caixa teria sido de R$735 milhões em 2023.

Opinião do Safra sobre o GPA Brasil

Os resultados da PCAR continuaram a apresentar uma evolução positiva no desempenho operacional (tanto em termos de crescimento quanto de margens). No entanto, o consumo de caixa e a alavancagem da empresa (dívida líquida de R$2,3 bilhões comparada a um EBITDA ajustado estimado ex IFRS de R$0,3 bilhão) ainda são uma preocupação.

Portanto, continuamos a ter uma postura mais conservadora em relação à PCAR, pois acreditamos que ela tem a tarefa desafiadora de implementar seu plano de recuperação com um balanço patrimonial altamente alavancado. Assim, o Safra reitera nosso rating Neutro e o preço-alvo de R$4,5/ação.

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