Em 28 de janeiro, a Magazine Luiza anunciou um aumento de capital de até R$1,25 bilhão, dos quais R$1,0 bilhão é garantido pelo grupo controlador e os R$250 milhões restantes, garantidos pelo BTG. O preço foi fixado em R$1,95/ação (um desconto de 5% vis-à-vis o último preço de fechamento). Os acionistas em 31 de janeiro poderão exercer seu direito de preferência na subscrição de ações de 1º de fevereiro a 1º de março.
Redução relevante da alavancagem: A Magazine Luiza possui atualmente uma posição de dívida líquida de R$4,1 bilhões, ou uma relação dívida líquida/EBITDA de 3,3x (ex IFRS). Considerando a oferta de R$1,25 bilhão, a dívida líquida seria de R$2,9 bilhões, com alavancagem de 2,3x. Vale ressaltar que a empresa possui uma dívida total de curto prazo de R$3,0 bilhões com vencimento em abril de 2024.
Opinião do Banco Safra: Positiva, mas precisamos ver mais melhorias nas margens operacionais. A notícia é positiva do ponto de vista do balanço patrimonial, pois reduz o endividamento da empresa, mas gostaríamos de ver um melhor desempenho em termos de margens operacionais para ficarmos mais otimistas com o nome.
O EBITDA ajustado da MGLU ex IFRS 16 dos últimos 12 meses totalizou R$1,26 bilhão no 3T23, enquanto no mesmo período a empresa gastou R$1,1 bilhão em pré-pagamento de recebíveis e R$620 milhões em outras despesas financeiras líquidas (ex IFRS 16).
Considerando o aumento de capital de R$1,25 bilhão e o custo médio de endividamento da empresa, estimamos uma redução de R$179 milhões nas despesas financeiras dos últimos 12 meses.
Consequentemente, mesmo assumindo o aumento de capital, acreditamos que a estrutura de capital atual da empresa não é compatível com suas margens operacionais atuais, portanto, seguimos com visão cautelosa para a empresa e a recomendação neutra para a ação.