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Randon: ambiente mais favorável melhora expectativas

O Banco Safra atualizou as estimativas para a Randon e aumentou o preço-alvo para R$ 16,60 por ação


Estamos atualizando nossas estimativas para a Randon (RAPT4) e introduzindo nosso novo preço-alvo de 12 meses de R$ 16,60/ação (R$ 13,40/ação anteriormente), resultando em um potencial de valorização de 44%, o que nos leva a manter nossa recomendação de Compra para as ações da companhia. Revisamos nosso modelo de avaliação incorporando: (i) os últimos resultados trimestrais; (ii) estimativas macroeconômicas atualizadas; (iii) novas estimativas para vendas de reboques e autopeças no Brasil e no exterior; (iv) premissas atualizadas para a Frasle; e (v) contrato com a Mercedes. Com base em nossa nova projeção, a Randon é atualmente negociada a 4,6x VF/EBITDA (valor da firma/lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) em 2024, 10% abaixo de seu múltiplo médio de 4 anos, 6% acima de seus pares domésticos e 25% abaixo de seus pares globais.

O que há de novo? Depois de um ano desafiador para veículos pesados no Brasil, esperamos uma retomada nas vendas e na produção de caminhões em 2024. Acreditamos que a Randon deva se beneficiar principalmente na sua divisão de Autopeças, que deve compensar o crescimento mais baixo esperado para as vendas de sua divisão de Reboques, considerando seu forte desempenho em 2023, impulsionado principalmente pela renovação da frota de seus clientes. Além disso, as margens provavelmente seguirão inalteradas como resultado da estratégia de preço conservadora da companhia.

Tese de investimento. Vemos a Randon como uma das melhores opções de investimento dentre as empresas industriais, em virtude de sua posição de liderança no Brasil, de seu longo e sólido histórico de operação no país e da demanda resiliente por seus produtos graças à dimensão continental do Brasil e sua exposição ao agronegócio. Esperamos que a companhia continue expandindo seus mercados-alvo e seu portfólio de produtos por meio de aquisições estratégicas, que devem possibilitar à Randon aumentar sua taxa futura de crescimento orgânico e proporcionar mais estabilidade para suas vendas, já que tais aquisições devem reduzir a exposição de suas receitas ao agronegócio no Brasil. Além disso, acreditamos que a companhia possa começar a se diferenciar de outras “empresas industriais simples” similares ao se beneficiar dos investimentos feitos em tecnologia na última década, que já começaram a resultar em novos produtos e patentes importantes que podem começar a ganhar participação nos resultados da companhia no futuro.

Principais riscos para a tese de investimentos: (i) atividade econômica mais lenta, o que deve reduzir a demanda de clientes da Randon, principalmente de prestadores de serviços logísticos, e, consequentemente, adiar a renovação de seus ativos (produtos da Randon); (ii) quebra de safra no Brasil, tendo em vista a alta exposição da companhia ao agronegócio; e (iii) dificuldades na integração das empresas adquiridas e sinergias menores do que as esperadas ou contingências mais altas do que as projetadas, com impacto nos seus resultados futuros.

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