A construtora Tenda divulgou outro conjunto de resultados esperados fracos, embora tenham melhorado sequencialmente.
A ausência de estouros de orçamento, juntamente com a maior margem bruta de novas vendas (33,7% no 4T23) – que estão ganhando participação no resultado da empresa -, levou a uma melhora de 27,1% na margem bruta ajustada (ex Alea).
Além disso, despesas operacionais mais baixas devido a um ganho de reversão de provisão compensaram o resultado pior do que o esperado da Alea, levando a um prejuízo líquido melhorado de R$13 milhões, ao mesmo tempo em que reportou uma queima de caixa trimestral melhor do que o esperado de R$9 milhões.
Opinião do Banco Safra sobre os resultados da Tenda
A Tenda tem apresentado resultados sequencialmente melhores nos últimos trimestres, recuperando a lucratividade à medida que os empreendimentos “problemáticos” lançados durante o aumento da inflação continuam a perder participação em seu resultado final.
Além disso, o capital levantado em sua oferta subsequente acelerou drasticamente seu processo de desalavancagem, permitindo que a Tenda se beneficiasse ainda mais das recentes mudanças implementadas no programa habitacional MCMV, mantendo uma estrutura de capital mais saudável.
Por outro lado, a Alea continua a pressionar a recuperação da margem da empresa, o que pode ter um impacto maior sobre os resultados futuros da Tenda, uma vez que ela ganha uma participação mais significativa após o aumento da atividade de lançamento nos trimestres anteriores.