A Viveo reportou resultados inexpressivos no quarto trimestre, com uma desaceleração do crescimento orgânico, deterioração do capital de giro, além de problemas na integração das aquisições e no tratamento das mudanças no regime tributário.
Um mix mais pobre levou à deterioração da margem bruta tanto em termos anuais quanto trimestrais, enquanto as despesas gerais, administrativas e com vendas também se deterioraram trimestralmente devido a ineficiências.
A gerência reiterou sua confiança no restabelecimento das taxas de crescimento de dois dígitos e afirmou que está discutindo judicialmente como lidar com as mudanças na legislação em relação aos benefícios fiscais.
Temos uma recomendação de Compra para a VVEO, uma vez que nossos CAGRs de EBITDA e LPA estimados para 3 anos de 13% e 33%, respectivamente, já assumem um cenário conservador para benefícios fiscais, tornando o valuation atual de 6,3x P/L 2024 atraente, em nossa opinião.
O lucro líquido ajustado foi de R$51 milhões, -25% vs. Safra e -10% vs. consenso. O resultado financeiro líquido foi de -R$88 milhões (36% melhor que nossa estimativa), principalmente devido à atualização monetária dos fatores financeiros relacionados a subsídios (isenções fiscais e redução no cálculo do ICMS) e à redução de juros e empréstimos devido à menor taxa interbancária (CDI).
O imposto de renda atingiu R$231 milhões (vs. nossa expectativa de R$48 milhões) devido ao mesmo impacto positivo mencionado acima no resultado financeiro líquido (principalmente não recorrente).
Como resultado, o lucro líquido ajustado foi de R$51 milhões (-43% em relação ao ano anterior, -25% em relação às nossas estimativas e -10% em relação ao consenso).