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Arrecadação recorde soma R$ 138 bilhões em março

Resultado representa aumento real de 18,49% na comparação com o mesmo mês de 2020. Ministro Paulo Guedes comemora resultado

Sede da Receita Federal

Segundo a Receita Federal, comportamento da arrecadação decorre, entre outros fatores, de arrecadações extraordinárias | Foto: Agência Brasil

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 137,9 bilhões em março. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 18,49% na comparação com o mesmo mês de 2020.

Em relação a fevereiro deste ano, houve aumento de 6,98% no recolhimento de impostos.

O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de março e para o trimestre desde 1995.

O resultado das receitas supera estimativas na pesquisa do Broadcast Projeções, que iam de R$ 109,85 bilhões a R$ 128,8 bilhões, com mediana de R$ 122,4 bilhões.

Arrecadações extraordinárias

De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de março decorre, entre outros fatores, de arrecadações extraordinárias de Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), com alta de R$ 4,0 bilhões, e do crescimento real de 50,2% da arrecadação dos tributos sobre o comércio exterior.

No acumulado do ano até março, a arrecadação federal somou R$ 445,9 bilhões, também o maior volume para o trimestre da série iniciada em 2007.

O montante ainda representa um avanço real de 5,64% na comparação com os primeiros dois meses do ano passado.

Desonerações custam R$ 21,8 bilhões

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 21,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 20,3 bilhões. Apenas no mês de março, as desonerações totalizaram R$ 7 bilhões, também acima do registrado em março do ano passado (R$ 6,7 bilhões).

A PEC Emergencial aprovada pelo Congresso Nacional no mês passado incluiu um plano de redução gradual dos incentivos e benefícios de natureza tributária (subsídios, isenções e desonerações) para 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em oito anos (o patamar atual é de aproximadamente 4,2% do PIB).

Ministro Paulo Guedes comemora

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado da arrecadação. “Superamos as melhores expectativas de arrecadação de impostos em março. Tivemos os melhores desempenhos da série histórica do mês do trimestre, com aumentos reais expressivos”, afirmou.

Segundo Guedes, a arrecadação é um indicador para o nível de atividade da economia formal. “Vemos comércio superando a fase pré-pandemia e os serviços, que foram mais atingidos, quase chegando ao nível anterior à pandemia. O nível de arrecadação confirma ritmo de produção. Isso mostra que realmente o Brasil se levantou. Foi derrubado pela pandemia, mas se levantou em V”, completou.

Mais uma vez, Guedes defendeu a aceleração da vacinação em massa no País. “A melhor política fiscal é vacina, vacina, vacina, porque temos que garantir o retorno seguro ao trabalho”, repetiu.

O ministro admitiu que é possível que haja impacto da segunda onda de covid-19 no primeiro trimestre, mas lembrou que o governo reeditou medidas como o auxílio emergencial e outras medidas. “Com aprovação do orçamento, teremos novamente programas bem sucedidos do ano passado”, concluiu.  (AE)

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