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Bruno Covas pede licença da prefeitura de São Paulo

O prefeito reeleito deu entrada no Hospital Sírio-Libanês, no dia 15, quando foi detectada a expansão do câncer originado na cárdia

Bruno Covas

Bruno Covas comandou a cidade de São Paulo por três anos | Foto: Divulgação

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), voltou a ser internado na tarde deste domingo, 2, e pediu licença do cargo por 30 dias.

“Nesse momento, com muita força e foco que preciso colocar na minha saúde, fica incompatível o exercício responsável de minhas funções como prefeito de São Paulo, por isso, vou solicitar à Câmara de Vereadores uma licença do cargo pelo período de 30 dias, para me dedicar integralmente à minha recuperação”, escreveu Covas, em comunicado.

O vice-prefeito, Ricardo Nunes assume a maior prefeitura do país a partir desta segunda, 3.

Covas deu entrada no Hospital Sírio-Libanês, no dia 15 para a realização de exames de controle, quando foi detectada a expansão do câncer originado na cárdia (uma válvula ligada ao sistema digestório).

Na ocasião, foi detectado o espalhamento do tumor para o fígado e os ossos do prefeito, que passou a receber tratamento imunológico, além da quimioterapia.

Ele está sendo acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. David Uip, Dr. Artur Katz, Dr. Tulio Eduardo Flesch Pfiffer e pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho.

Na quarta-feira, 21, sua equipe médica informou em entrevista que seu quadro permanecia estável apesar do agravamento e do acúmulo de líquido na pleura (membrana que reveste os pulmões) e no abdome.

O acúmulo descoberto é decorrente de uma inflamação provocada por um dos tumores no fígado.

Covas estava há três anos na prefeitura. No ano passado, ele foi reeleito para mais quatro anos de mandato. A descoberta do primeiro tumor, em 2019, não impediu que ele continuasse a cumprir suas funções no cargo,  limitando suas licenças médicas.

Segundo os médicos, Covas tem sido categórico em pedir que haja transparência sobre a sua situação de saúde.

“Ele expressa de maneira veemente que a gente mantenha alto nível transparência e clareza”, disse Uip.

Resiliência como herança

O médico disse que o prefeito tem comportamento parecido ao do avô, Mário Covas, ex-governador de São Paulo, que morreu em 2001 em decorrência de um câncer na bexiga.

“Ele repete exatamente a atitude do avô, que foi um ícone em termos de transparência. O prefeito tem o mesmo perfil, quer que tudo seja divulgado e explicado.”

David Uip acompanhou Mário Covas, que governou São Paulo entre 1 de janeiro de 1995 e 22 de janeiro de 2001, quando, como o neto faz agora, se afastou do cargo em decorrência do agravamento do câncer que enfrentou por três anos.

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