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Crédito para pessoas físicas tem crescimento anual de 17,4%

Participação das operações de crédito no PIB aumentou de 52,5% no fim de 2021 para 54,2% em dezembro de 2023; inadimplência aumentou de 3,1% para 4,2% no período

Crédito

As concessões dos bancos no crédito livre subiram 8,5% em dezembro ante novembro, para R$ 490,8 bilhões | Foto: Getty Images

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,3% para R$ 5,326 trilhões de novembro para dezembro, informou na manhã desta sexta-feira, 27, o Banco Central (BC). Em 2022, houve alta de 14%.

Em dezembro ante novembro, houve alta de 0,8% no estoque para pessoas físicas e elevação de 2,1% no estoque para pessoas jurídicas. Em 2022, os porcentuais foram de 17,4% para pessoas físicas e 9,3% para jurídicas.

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De acordo com o BC, o estoque de crédito livre avançou 1,3% no último mês de 2022, o mesmo porcentual visto no crédito direcionado. Em 2022, as taxas foram de 13,7% e 14,3%, respectivamente.

No crédito livre, houve alta de 17,0% no saldo para pessoas físicas em dezembro. Para as empresas, o estoque também avançou 9,9% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,8% para 54,2% na passagem de novembro para dezembro. No fim de 2021, era de 52,5%.

As concessões dos bancos no crédito livre subiram 8,5% em dezembro ante novembro, para R$ 490,8 bilhões. Em 2022, o aumento foi de 20,4%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 0,5% em dezembro, para R$ 249,4 bilhões. No ano, a alta foi de 20,9%.

Já no caso de pessoas jurídicas, houve aumento de 19,6% em dezembro ante novembro, para R$ 241,4 bilhões. Em 12 meses, o avanço é de 19,8%.

Taxa de inadimplência nas operações de crédito fica estável em dezembro

A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos se manteve em 4,2% entre novembro (revisado) e dezembro, informou o Banco Central. No fim de 2021, era de 3,1%.

Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência passou de 5,8% (dado revisado) para 5,9% de um mês para o outro. No caso das empresas, ficou em 2,1% (dado revisado) no período. Em dezembro do ano anterior, as taxas eram de 4,4% e 1,5%, nessa ordem.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) continuou em 1,2% em dezembro ante novembro – mesmo porcentual do fim de 2021.

Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência se manteve em 3,0% entre novembro (revisado) e dezembro. No último mês do ano anterior, era de 2,3%.

Financiamentos para veículos e habitação

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 1,3% em dezembro ante novembro, totalizando R$ 929,543 bilhões, informa o BC. Em 2022, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 14,0%.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,7% em dezembro ante novembro para R$ 258,223 bilhões. No ano passado, houve alta de 7,0%.

Financiamentos do BNDES

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve alta de 1,5% em dezembro ante novembro, somando R$ 394,684 bilhões. Em 2022, a elevação acumulada foi de 5,5%.

No último mês de 2022, houve alta de 5,1% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, aumento de 1,4% no financiamento de investimentos e avanço de 0,7% no saldo de capital de giro.

Endividamento das famílias

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro caiu em novembro ante outubro, de 49,7% (dado revisado) para 49,5%, mas se mantém perto do recorde da série histórica do Banco Central. O pico da série foi alcançado em julho (50,1%). Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 31,4% no penúltimo mês de 2022, de 31,5% em outubro (dado revisado).

Já o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) renovou o recorde histórico em novembro, alcançando 28,2%, de 28,1% em outubro (dado revisado). Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 26,1% no penúltimo mês do ano passado, ante 26,0% em outubro (dado revisado). (AE)

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