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Expectativa de nova alta dos juros faz Bolsa recuar aos 106,4 mil pontos

Dólar sobe 0,32% cotado a R$ 5,57 e Ibovespa cai 2,11%, após prévia da inflação acima do esperado e expectativa de novo aumento da Selic

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Expectativa de novo aperto monetário afeta investimentos em ações e derruba Ibovespa | Foto: Divulgação

Na véspera de mais um aumento dos juros diante da escalada da inflação, o Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira, 26, em queda de 2,11%, aos 106.419,53 pontos, e com volume de negócios abaixo da média: R$ 27,2 bilhões.

O dólar fechou em alta de 0,32%, cotado a R$ 5,5734, depois de oscilar entre R$ 5,5496 e R$ 5,6064. A Expectativa de juros mais altos para conter inflação persistente tira atratividade da bolsa, segundo analistas.

O Ibovespa devolveu a recuperação de ontem e retorna aos 106 mil pontos, com o investidor colocando na conta um aumento maior dos juros pelo Banco Central para fazer frente à persistência da inflação, conforme mostrada hoje pelo IPCA-15.

Na véspera de novo aumento dos juros, Ibovespa tem nova queda

A prévia da inflação oficial de outubro mostrou alta de 1,20%, bem acima da expectativa de 1,0%. Já é consenso no mercado que o Copom terá que elevar a Selic em 1,5 ponto porcentual amanhã, o que faz os juros curtos e médios avançarem, tirando a atratividade da renda variável.

O cenário de cautela com o quadro fiscal sustenta a alta do dólar, que segue a tendência do exterior (DXY +0,16%).

Bolsas em alta na Europa e Estados Unidos

Em NY, as bolsas rumam a novos recordes (Dow +0,13%; S&P 500 +0,28%; Nasdaq +0,11%) embaladas por balanços e por dados melhores que o esperado de vendas de moradias novas (+14%) e confiança do consumidor (113,8).

As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, impulsionadas por balanços de empresas considerados positivos pelo mercado.

A exceção foi Lisboa, que recuou. Em geral, os índices acionários do Velho Continente também foram apoiados pela abertura em Nova York, com o Dow Jones e o S&P 500 em níveis recordes. Nesse cenário, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o pregão com ganho de 0,75%, a 475,74 pontos.

“Mais uma vez, foram atualizações comerciais melhores do que o esperado de empresas que ajudaram a impulsionar os movimentos no mercado acionário europeu”, afirma o analista-chefe de mercados da CMC Markets, Michael Hewson.

O profissional da consultoria britânica ressalta que o FTSE 100, da Bolsa de Londres, atingiu nesta terça o maior nível em 20 meses, após um começo de semana “bastante fraco” para os ativos europeus na segunda-feira. O índice registrou avanço de 0,76% nesta terça, a 7.277,62 pontos. Os papéis das companhias Whitbread e Reckitt Benckiser, que divulgaram resultados do terceiro trimestre nesta terça, subiram 4,41% e 6,27%, respectivamente.

As ações do UBS, por sua vez, avançaram 1,07% na Bolsa de Zurique, após a divulgação do balanço do banco, que teve lucro líquido de US$ 2,28 bilhões no terceiro trimestre de 2021, 9% maior do que o ganho obtido em igual período do ano passado.

As bolsas europeias ganharam ainda mais força com a abertura do mercado norte-americano. Os índices acionários de NY também têm reagido de forma positiva à temporada de balanços. Depois de terem atingido o recorde de fechamento na segunda-feira, S&P 500 e Dow Jones renovaram as máximas históricas intraday nesta terça, mais uma vez. Uma melhora no sentimento do consumidor americano também deu suporte à busca por risco nos mercados globais.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou com ganho de 1,01%, aos 15.757,06 pontos. Em Paris, o índice CAC 40 avançou 0,80%, a 6.766,51 pontos. Em Milão, o índice FTSE MIB fechou em alta de 0,58%, aos 26.970,95 pontos. Na Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 avançou 0,90%, a 9.001,60 pontos. E, em Lisboa, na contramão do resto do mercado acionário europeu, o índice PSI 20 recuou 0,39%, a 5.714,00 pontos. (AE)

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