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Resilientes e rentáveis, fundos High Yield ampliam opções no Brasil

Títulos de companhias americanas mostram boa relação risco-retorno; Banco Safra passa a distribuir fundo com 40 anos de história

Cenário para investir no Safra JSS Bonds US High Yield Reais foi tema do Visão de Especialista

Em cenários de incertezas macroeconômicas, diversificar em ativos no exterior é uma estratégia que protege patrimônios. Nessa linha, fundos High Yield se destacam e oferecem a investidores a chance de capitalizar com uma relação risco-retorno atraente. Há um aumento de opções de investimentos nessa linha e o mercado americano, mais consolidado e volumoso do que o brasileiro, traz mais atrativos.

Títulos High Yield contam com ativos com risco de crédito mais elevado e, por isso, maior potencial de rentabilidade. A composição de fundos do gênero é majoritariamente de títulos de empresas que desejam captar recursos. Esses títulos têm potencial de oferecer desempenhos interessantes com volatilidade menor do que fundos de ações, por exemplo.

As características inerentes deste tipo de investimento e o panorama atual, propício para a renda fixa americana no Brasil, foram dois dos assuntos destacados por Giovana De Biazi, especialista em investimentos internacionais do Banco Safra, em sua participação no programa Visão de Especialista. “O momento é muito bom porque o cupom que essas empresas pagam está em juros muito interessantes”.

Estratégia para qualquer cenário de juros

O mercado americano de High Yield é maior e mais consolidado do que o brasileiro. “O volume de títulos é maior que US$ 1,3 trilhão. Tem muito mais liquidez, muito mais títulos. Na média, estamos falando de mais de duas mil emissões com ticket médio de mais de US$ 600 milhões. É uma estrutura muito diferente da brasileira”.

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De Biazi ressalta que, apesar do cenário atual ser positivo, o começo dos cortes também pode deixar um impacto positivo. O mercado espera que o Federal Reserve (Fed) retome os cortes de juros nos EUA em breve, ainda neste ano. Os títulos High Yield nos EUA são pré-fixados e há mudanças positivas na precificação dos títulos em uma curva decrescente de juros – com as devidas mudanças na composição do fundo.

“A recomendação a fundos internacionais aumentou bastante do último ano para cá, principalmente o quanto a gente recomenda dentro de Renda Fixa internacional.”

Opção de investimento em fundo High Yield

O Banco Safra lançou recentemente o fundo Safra JSS Bonds US High Yield Reais em parceria com o J Safra Sarasin, gestora do Grupo Safra sediada na Suíça, e com a Federated Hermes, gestora de fundos dos EUA. “Combinar uma gestão que seleciona bem os emissores e um retorno mais atrativo é um grande diferencial do papel de um gestor por trás”, ressalta De Biazi. O fundo apresentou boa performance em 2023, com rendimento de 12,4% em dólares, e demonstra um Yield to Worst de 7,9% – abaixo da média de fundos similares.

O nome do investimento resume sua estratégia. Bonds são títulos de renda fixa crédito privado dos EUA que compõem o índice. High Yield representa a estrutura em que essas empresas estão com um spread de crédito maior e o termo “Reais” é pelo fundo ser hedgeado na moeda local – ou seja, não exposta à variação cambial do dólar para o real. “A trava é para que o produto só tenha uma exposição do risco em si, do bond“, explica a especialista.

Fundos High Yield: boa performance, menor volatilidade

Um estudo da JP Morgan avaliou a performance de investimentos internacionais entre 1983 e 2023. Uma das constatações é que, na média, títulos High Yield entregam 80% da performance do S&P 500 com metade da volatilidade. Foram 10,6% de rendimento no S&P 500 com volatilidade de 16%, enquanto High Yield tem performance em 8% com volatilidade em 8%.

“É uma estratégia de renda fixa, mas diferenciada. É um meio termo para os clientes que querem ter exposição a uma alocação internacional, um primeiro contato. Fica entre a renda fixa conservadora e um fundo de ações”, explica De Biazi.

Giovana de Biasi em conversa com Marcelo Poli no programa Visão de Especialista, do Banco Safra | Foto: Reprodução/YouTube

Outra métrica que ressalta a resiliência desse tipo de ativo é o Yield to Worst, que calcula o pior cenário possível de retorno mínimo esperado para um título de renda fixa. A média de fundos High Yield, historicamente, fica em 6,8% com taxas de juros mais elevadas, mas essa média subiu para 8,1%.

Para a especialista, ”a mudança nos juros tende a reduzir este valor. É um tipo de investimento que vale tanto em um cenário de corte de juros quanto em um de longo prazo”.

Diversificação e experiência na gestão fazem a diferença

A composição do fundo Safra JSS Bonds US High Yield Reais é robusta e com uma estratégia bastante diversificada. São 468 títulos diferentes de 240 emissores de variados setores, como seguros, automotivo, materiais de construção e games, com uma representatividade um pouco maior em tecnologia. São empresas com crescimento de Ebitda, sem alavancagem relevante e um cenário para pagamento saudável de débitos.

A Federated Hermes opera em High Yield há mais de 40 anos e tem performance diferenciada. O fundo foi lançado em parceria com o J Safra Sarasin em 2015 e tem quatro estrelas no Rating Morningstar, uma avaliação quantitativa do desempenho passado de um fundo, representando o risco e retorno.

A especialista relembra que “eles (os gestores) têm uma especialidade de olhar estrutura de patrimônio líquido dessas empresas quanto da dívida e como esses dois pontos conversam – e é o mesmo gestor fazendo isso desde 1982.”

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