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Ibovespa derrete e retorna aos 102 mil pontos, pior nível desde 7 de janeiro

Bolsa fechou em forte queda de 2,73%, aos 102.598 pontos acompanhando índices americanos que despencaram mais de 3% nesta sessão

Ibovespa derrete

Ibovespa reage à queda nas bolsas internacionais às vésperas de nova alta dos juros nos EUA e no Brasil | Foto: Getty Images

O Ibovespa derreteu mais de 2% nesta sessão e fechou no seu pior nível desde 7 de janeiro. O índice foi impactado pelos dados de inflação dos Estados Unidos, divulgados na última sexta-feira, que vieram acima do esperado pelo mercado.

A Bolsa brasileira seguiu contaminada pelo desempenho dos índices americanos, que também despencaram mais de 3% nesta sessão.

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O Ibovespa caiu 2,73%, aos 102.598 pontos, com a maioria dos papéis fechando no vermelho. Dow Jones também recuou forte, 2,26%, S&P 500 caiu 3,87% e Nasdaq fechou em queda de 3,68%.

“O mercado de ações no Brasil acompanhou os índices americanos que caíram lá fora, ainda refletindo a divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos que vieram muito acima do esperado”, disse Charo Alves, especialista da Valor Investimentos. “Isso indica que o aperto monetário na economia americana não está surtindo o efeito esperado e deve haver um movimento mais forte nas principais economias.”

Segundo os dados divulgados na sexta-feira, em maio, o CPI subiu 1% e o consenso do mercado era de 0,7%. Já o núcleo aumentou 0,6%, acima da estimativa de 0,5%. Em abril, o indicador era de 0,6%.

Nos 12 meses terminados em maio, a inflação acumulada nos Estados Unidos ficou em 8,6%, a mediana estimada pelo mercado era de 8,3%. Este é o maior patamar desde dezembro de 1981.

Nos cinco meses do ano, os preços aceleraram 6% ante a expectativa de 5,9% e dos 6,2% apurados em abril.

Segundo Alves, Europa e Estados Unidos devem acelerar a alta dos juros neste ano, pois, ainda não estariam no pico da curva. “Juros para cima e crescimento travado afetam, de fato, os ativos de renda variável e o dinheiro vai para onde está mais seguro, principalmente tesouro americano”, disse.

Para ele, o Brasil está estabilizado em relação ao mercado internacional e com isso, o Banco Central deve anunciar mais duas altas nos juros ainda este ano.

“Por aqui, estamos em um cenário mais estável do que lá fora, mas seguimos acompanhando os índices globais que caíram bastante e tracionaram a Bolsa para o terreno negativo.”

Na quarta-feira, 15, o Fed deve decidir por mais uma elevação de 0,5 pontos percentuais na taxa de juros, de acordo com apostas do mercado.  

Por aqui, o mercado também aguarda mais um aumento dos juros que deve elevar a Selic para 13,25% com alta de 0,5 pontos percentuais. A reunião do Comitê de Política Monetária Nacional (Copom) será também na quarta-feira, 15.

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