Ibovespa segue o exterior, fecha em alta e retoma os 113 mil pontos
A Bolsa fechou em alta de 0,24%, aos 113.031 pontos, depois de oscilar entre 111.066 e 113.214 pontos; o volume financeiro chegou a R$ 33,1 bilhões
15/08/2022O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que operava em forte queda nesta segunda-feira, com o mercado averso ao risco após dados econômicos ruins da China, que derrubaram as cotações das commodities, inverteu a direção e fechou em alta com a melhora dos índices americanos.
A Bolsa fechou em alta de 0,24%, aos 113.031 pontos, depois de oscilar entre 111.066 e 113.214 pontos. O volume financeiro chegou a R$ 33,1 bilhões.
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Com o resultado, o Ibovespa acumula alta de 9,54% em agosto e no ano, o índice avança 7,35%.
O Ibovespa acompanhou o desempenho dos índices americanos, que também inverteram o rumo nessa sessão e fecharam em alta nesta segunda-feira. Dow Jones avançou 0,45%, S&P 500 subiu 0,40% e Nasdaq, se valorizou a 0,62%.
Minério de ferro pressiona o Ibovespa
As ações ligadas às commodities recuam nesta sessão e pressionam o Ibovespa para o terreno negativo. A Vale perdeu 2,13%, após a cotação do minério de ferro despencar com a perspectiva de recessão na China.
O contrato de minério de ferro mais negociado, para entrega em janeiro do próximo ano, na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações com queda de 2,9%, a 707,50 yuans (US$ 104,64) a tonelada. Na Bolsa de Cingapura, o contrato de setembro do ingrediente siderúrgico caiu 3,1%, para US$ 107 a tonelada.
A Petrobras, que caía no rastro do desempenho do preço do petróleo, mudou de direção e fechou em leve estabilidade. Os papéis da estatal fecharam em leve queda de 0,06% (PETR4) e 0,03% (PETR3). Os preços do barril do Brent, o referência mundial, caíram 3,11% aos US$ 95,10.
O minério de ferro e o petróleo recuam em razão dos dados econômicos ruins da China, que acendeu um sinal de alerta nos investidores que estão receosos com uma possível recessão na segunda maior economia mundial.
A produção industrial aumentou 3,8% em relação ao ano anterior, ligeiramente abaixo do aumento de 3,9% em junho, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). Isso ficou aquém do crescimento de 4,5% esperado pelos economistas consultados pelo The Wall Street Journal.
As vendas no varejo, métrica fundamental para o consumo, cresceram 2,7% em relação ao ano anterior em julho, abaixo da expansão de 3,1% de junho e do aumento de 5% esperado pelos economistas pesquisados.
O investimento em ativos fixos da China aumentou 5,7% no período de janeiro a julho em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso é menor do que o ritmo de 6,1% registrado no primeiro semestre do ano e também inferior ao crescimento de 6,2% esperado pelos economistas.