Argentina tem inflação anual de mais de 50%
Índice de inflação na Argentina teve alta de 3,8% em dezembro, acumulando elevação de 50,9% em comparação ao mesmo mês de 2020
13/01/2022A inflação medida pelo índice de preços ao consumidor da Argentina registrou alta de 50,9% em dezembro de 2021, na comparação com igual mês do ano anterior, informou nesta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
Na comparação com novembro, houve alta de 3,8%. Com isso, a inflação no país voltou a acelerar na comparação mensal. Em novembro de 2021, havia sido registrada alta de 2,5%.
Nas leituras anuais, por outro lado, o índice desacelerou, já que em novembro a alta havia sido de 51,2%.
Entre os componentes que puxaram a alta mensal em dezembro destacam-se os preços de restaurantes e hotéis, bebidas alcoólicas e tabaco, transporte e vestuário e calçados, segundo o Indec.
Além da Argentina, apenas a Turquia registrou inflação mais alta que a do Brasil
Além da Argentina, apenas a Turquia teve inflação mais alta do que a do Brasil em 2021, segundo levantamento da economista-chefe Andrea Damico, da Armor Capital, com os dados da plataforma CEIC Data.
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em dois dígitos em 2021, com alta de 10,06%, o maior aumento desde 2015 (10,67%), e superou em muito o teto da meta de inflação (5,25%) – o centro era de 3,75%.
Na Turquia, o índice saltou 36,08% de janeiro a dezembro, um recorde em 20 anos, em meio à intervenção do presidente Recep Tayyip Erdogan no Banco Central do país, com pressão para reduzir juros.
O índice chinês acumulou 1,50% no ano passado. Já a economia americana teve a maior alta de preços desde junho de 1982 (7%), também ultrapassando a meta de 2,0%.