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IPCA favorece o Ibovespa, mas índice fecha em queda com peso da Vale

Bolsa recua mais de 1% e retorna aos 107 mil pontos, com ações de commodities metálicas pesando nos negócios

Mercado financeiro

O Ibovespa foi afetado pelas ações da Vale que recuaram mais de 3% em razão da queda forte do minério de ferro | Foto: Getty Images

O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, em meio aos dados melhores da inflação de maio e o recuo de empresas ligadas às commodities metálicas, principalmente a Vale.

A Bolsa brasileira se desvalorizou 1,18%, aos 107.093 pontos. Nos Estados Unidos, os índices americanos também fecharam em baixa. Dow Jones recuou 1,94%, S&P 500 caiu 2,38% e Nasdaq, 2,75%.

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Por aqui, o que afetou o desempenho do Ibovespa foram as ações da Vale que recuaram mais de 2% nesta sessão em razão da queda forte do minério de ferro pelo terceiro dia seguido.

O contrato de referência de minério de ferro de setembro na bolsa de commodities da China encerrou as negociações diurnas com queda de 0,3%, a 924,50 yuans (US$ 138,33) a tonelada, estendendo as perdas para um terceiro dia.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de julho mais ativo do ingrediente siderúrgico caiu 0,8%, para US$ 143,65 a tonelada. Com isso, o papel da mineradora se desvalorizou 3,15%. CSN também recuou 6,37%, a Usiminas, 4,80% e Gerdau 1,26%.

Na ponta positiva, o que segurou a queda do Ibovespa foram os dados do IPCA divulgados nesta quinta-feira. A inflação para maio foi de 0,47%. A prévia do mercado era de 0,60%.  

“A tendência sazonal a partir de maio é de acomodação da curva inflacionária com menor pressão de preços agrícolas”, disse Nicola Tingas, economista chefe da Acrefi. “Esse quadro permite o Banco Central buscar sua intenção de encerrar o ciclo de alta da Selic na reunião do COPOM deste mês, em 13,25%.”

No exterior, os investidores continuaram monitorando as medidas das autoridades monetárias para controlar a inflação global.

O Banco Central Europeu, por exemplo, decidiu nesta quinta-feira manter sua taxa de refinanciamento em 0%, a de depósitos em -0,50% e a de empréstimo em 0,25%.

Apesar da manutenção, o BCE deixou claro em seu comunicado o compromisso de elevar as taxas em julho e em setembro, sinalizando que depois disso um ritmo “gradual mas sustentado de altas de juros será apropriado”.

Segundo o BCE, “a inflação elevada é um grande desafio” e em função, disso, tem a intenção de levá-la de volta à meta de 2%.

“Mas as pressões inflacionárias têm se disseminado e intensificado, com preços de muitos bens e serviços aumentando fortemente”, informou o BCE.

A instituição elevou projeções para a inflação neste ano, em 2023 e 2024 e cortou as do PIB da zona do euro neste ano e no próximo.

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