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Opep e aliados cortam produção de petróleo em 100 mil barris por dia

A redução na oferta reflete os temores de que a desaceleração da economia global cause uma recessão e diminua a demanda por petróleo

Petróleo

Em comunicado, a Opep+ reforçou que o ajuste de alta em setembro seria pontual | Foto: Getty Images

Os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) informaram, nesta segunda-feira, 5, que a produção da commodity em outubro retornará aos níveis de agosto. Na prática, a medida significa que haverá um corte de 100 mil barris por dia (bpd) na oferta, na contramão da pressão ocidental por aumento do fornecimento.

Em comunicado após reunião ministerial, a Opep+ reforçou que o ajuste de alta em setembro seria pontual. O grupo deixou em aberto a possibilidade de convocar um novo encontro emergencial a depender dos desdobramentos dos mercados. A próxima conferência regular está marcada para 5 de outubro.

Saiba mais

A redução na oferta reflete os temores de que a desaceleração da economia global cause uma recessão e diminua a demanda por petróleo, cujas cotações caíram recentemente.

Opep e aliados contraria apelos de Joe Biden

Com o corte, a Opep+ contraria os reiterados pedidos do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por aumento na produção, diante dos efeitos da guerra na Ucrânia sobre os preços.

O corte reflete a preocupação dos produtores com uma potencial desaceleração econômica, que já derrubou os preços do Brent em 25% nos últimos três meses. Desde o início do ano, contudo, Brent ainda registra alta de 30% e o WTI de 26%.

Na sexta-feira, o barril do petróleo tipo Brent, subiu 0,71% e foi vendido a US$ 93,02. Na semana passada, porém, acumulou perdas de 6%. Nesta sessão, com o corte anunciado, o petróleo opera em recuperação em alta de mais de 3%.

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