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Gás fica 30% mais caro na Europa com corte de fornecimento russo

Gazprom, responsável pela operação do gasoduto Nord Stream 1, não retomou operação no fim de semana como estava previsto. Rússia culpa europeus por suspensão

Aérea de Berlin, na Alemanha, com destaque para torre de TV em Alexanderplatz, um dos países da Europa afetados pelo corte do gás russo

Nesta segunda-feira, os contratos futuros de gás natural no noroeste europeu, que refletem o custo da commodity no mercado atacadista, subiram fortemente | Foto: Getty Images

Os preços de gás natural na Europa dispararam nesta segunda-feira, 5, após a estatal russa Gazprom não retomar o fornecimento de gás pelo gasoduto Nord Stream 1 ao continente no fim de semana, ao contrário do que estava planejado.

No começo dos negócios desta segunda, os contratos futuros de gás natural no noroeste europeu, que refletem o custo da commodity no mercado atacadista, saltavam mais de 30%. Os preços, no entanto, seguiam abaixo da máxima histórica atingida no fim de agosto.

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Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, diversas sanções econômicas nações desenvolvidas da Europa e dos Estados Unidos foram impostas aos russos na tentativa de cortar o financiamento ao confronto.

No entanto, o Velho Continente é muito dependente do gás natural e do petróleo russo. O gás, inclusive, é essencial para que os europeus enfrentem o tempo mais frio que se inicia geralmente entre outubro e novembro, com seu ápice entre dezembro e março, período do inverno.

Na última quinta-feira, 1º, a Gazprom anunciou a suspensão do fornecimento de gás para a Europa via Nord Stream 1 devido à manutenção no sistema.

O motivo do serviço seria um vazamento de óleo, que foi identificado junto com representantes da Siemens Energy. A previsão dada pelos russos para a retomada do fornecimento era para o último sábado, 3.

Ainda no domingo, 4, o Kremlin se pronunciou e culpou os políticos europeus pelo corte no fornecimento, logo depois de um acordo entre grandes nações lideradas pelos EUA ser costurado para limitar os preços pagos pelas exportações de petróleo da Rússia.

Conforme a agência de notícias Interfax, os russos alegam que a Siemens é a responsável por realizar a manutenção no gasoduto, mas quer os termos do contrato foram descumpridos. Portanto, não há previsão de retomada do fornecimento do combustível ao bloco europeu.

“Se os europeus absurdamente decidirem recusar a manutenção de seus equipamentos, ou melhor, de equipamentos que pertencem à Gazprom, mas que eles são obrigados contratualmente a fazer a manutenção, isso não é culpa da Gazprom”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista à mídia estatal da Rússia. (Com AE)

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