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Nelson Rosamilha

Business Agility: implementação

Processos não funcionam sem pessoas e tecnologia. Este tripé necessita caminhar sincronizado: as competências dos profissionais e a mentalidade ágil precisam coexistir

Reunião de trabalho

É importante agregar atividades e práticas de agilidade que fazem sentido para o contexto do negócio | Foto: Getty Images

Nos artigos anteriores apresentei uma visão geral do modelo de Business Agility e a estratégia para a adoção deste modelo. O próximo passo, apresentado aqui, é a implementação do Business Agility.

A dimensão da implementação (figura acima) está relacionada aos elementos associados à execução prática da estratégia/plano de agilidade, como definição de equipe e principais interessados, tempo de atividade e marcos, etc.

Nesta etapa, os objetivos estratégicos que foram definidos na etapa anterior, na definição da estratégia, tornam-se dimensões práticas de implementação, com o objetivo de determinar as práticas ou iniciativas necessárias para alcançar capacidades, medir e avaliar o desempenho da agilidade e fazer correções com base nos resultados obtidos.

Para isso é necessário refletir sobre o tripé: processos, pessoas e tecnologia.

Quando pensamos sobre Business Agility, precisamos atuar sobre os processos com foco na agilidade. Para isso, é necessário olhar para os diagramas de processos de negócio e redesenhá-los para fins de agilidade. Porém, isso deve ser feito de forma holística, pensando em sua integração com outros processos de negócio e na sua melhoria. Neste contexto é importante agregar atividades e práticas de agilidade que fazem sentido para o contexto do negócio.

No entanto, processos não funcionam sem pessoas e tecnologia. Este tripé necessita caminhar sincronizado: as competências dos profissionais e a mentalidade ágil precisam coexistir. Neste sentido, é necessária a revisão da estrutura organizacional, das competências e habilidades, priorizando a construção de equipes ágeis.

Por último, temos a tecnologia e a infraestrutura para a agilidade. Neste segmento é importante pensar nas soluções digitais que aceleram a agilidade organizacional e reduzem o tempo de setup dos projetos, como uma plataforma de arquitetura integrada e de produção enxuta.

Veja alguns exemplos:
Pessoas – personalidades estáveis ​​e flexíveis devem ser priorizadas nas práticas de contratação. Isso significa contratar aqueles que se sentem confortáveis ​​com a mudança e podem alavancar a mudança para melhorar a si mesmos e, eventualmente, a empresa.
Processos – é uma boa ideia planejar os processos com antecedência, mas também é aconselhável deixar espaço para mudanças inesperadas.
Tecnologia – quando tratada adequadamente, a tecnologia pode apoiar substancialmente o pessoal e os processos de uma empresa. No entanto, é preciso certificar-se de que a tecnologia utilizada ajuda a empresa a se adaptar às mudanças rapidamente, caso contrário pode ser um obstáculo em sua jornada rumo à agilidade nos negócios.

Você deve estar pensando que a implementação de todos estes itens parece um trabalho muito árduo, e que você já está ocupado demais administrando seus negócios. Mas lembre-se que parceiros como universidades e organizações podem ajudar a tirar parte deste peso dos ombros.

Se a viabilidade do seu negócio depende do mercado, o que é quase sempre o caso, você deve estar preparado para enfrentar os desafios e manter um caminho tranquilo em um cenário em constante mudança.

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Nelson Rosamilha é coordenador dos MBAs em Gerenciamento de Projetos e Metodologias Ágeis e Logística e Supply Chain da Trevisan Escola de Negócios. É formado em processamento de dados pelo Mackenzie com MBAs na Califórnia, Pensilvânia e Tel-Aviv com ênfase em Administração, Telecomunicações e Gerenciamento de Projetos, mestre em Administração de Empresas pela PUC-SP.

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