No Brasil, o saldo comercial continuou forte no primeiro bimestre deste ano, com exportações sustentadas pela expansão da produção e exportação depetróleo.
Estimamos saldo comercial em torno de US$ 85 bilhões neste ano, o segundo melhor desempenho da série histórica, o que tende a favorecer a nossa moeda.
O mercado de trabalho continua firme, a exemplo da taxa de desemprego ajustada sazonalmente, que oscilou em torno de 7,7% nos últimos meses.
O aumento dos salários registrado no ano passado foi acompanhado por aumento de produtividade, o que desacelerou o custo unitário do trabalho e beneficiou a desinflação.
Nosso indicador de custo de produção permaneceu bem-comportado nesse período, com a colaboração da deflação de preços no atacado, e suporta nossa projeção de IPCA em 3,5% neste ano.
Esperamos que a taxa Selic caminhe para 8,75% ao ano em 2024 e impulsione gradualmente o mercado de crédito.
Já existem efeitos iniciais do ciclo de afrouxamento monetário, como nas recentes reduções na taxa de juros e da taxa de inadimplência de pessoas físicas.
Isso suporta a nossa estimativa de crescimento do consumo das famílias acima de 3,0% e do PIB real em torno de 2,5% neste ano.
O ajuste gradual das contas públicas segue em curso. As medidas aprovadas pelo Congresso começaram a beneficiar a arrecadação do governo federal e estão alinhadas com a nossa expectativa de déficit fiscal primário de 0,6% do PIB para este ano.