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Livro Bege e fala de Jerome Powell em destaque

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam no campo positivo enquanto o mercado aguarda fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,16% no último pregão, cotado a 4.959,00 pontos | Foto: Getty Images

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam no campo positivo. Ao meio dia, Jerome Powell fala e a expectativa é que ele mantenha tom de cautela sobre o início do corte de juros. Variação dos empregos ADP de fevereiro, estoques no atacado de janeiro e Livro Bege nos EUA são os destaques da agenda de indicadores econômicos.

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou queda de -0,65% no último pregão, cotado a 128.340,54 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, a primeira resistência fica em 131.500 pontos e a segunda em 134.300. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 126.500. O próximo fica na faixa de 122.600 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,16% no último pregão, cotado a 4.959,00 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.860 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.720. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.035 e a segunda em 5.145.

Exterior:

Primárias dos partidos democratas e republicanos praticamente colocou Trump e Biden como os mais prováveis candidatos à presidência dos EUA.

Doméstico:

Produção industrial de janeiro sairá no início da manhã e deve mostrar queda de 1,7% na comparação com dezembro, mas uma alta anual de 3%. Balança comercial de fevereiro sairá às 15h e deve mostrar saldo de USD5,5 bilhões.

Commodities:

Petróleo apresenta alta (USD82,5/b; +0,57%)
Minério de ferro registrou alta (USD115,3/t; +0,70%)

Empresas:

Azul: Cia disse que, até o momento, não negociou ou aprovou nenhuma transação específica / Empresa aérea acrescentou que está sempre atenta às dinâmicas estratégicas do setor e a possíveis oportunidades, podendo contratar consultores para apoiá-la nesses esforços, segundo comunicado de esclarecimento sobre notícias da mídia / Azul e Gol subiram na bolsa ontem com notícia de que a Azul trabalha com o Citigroup e o Guggenheim Partners para explorar potencial oferta pela concorrente
BTG: Carf cancela maior parte de cobrança de quase R$ 1 bilhão do Banco BTG: Valor
Prio: Produção diária óleo fevereiro 82.813 barris/dia, queda de 13,3% na comparação mensal
GPS: Receita líquida 4T em linha com estimativas

Agenda do Dia:

09:00 – Brasil – Produção industrial/Janeiro
10:15 – EUA – ADP Variação de emprego/Fevereiro
12:00 – EUA – Estoques no atacado/Janeiro
15:00 – Brasil – Balança comercial/Fevereiro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 128.098 (-0,19%)
S&P: 5.079 (-1,02%)
Dólar Futuro: R$4,96 (-0,16%)

Atualizações Safra:

Alupar: Resultados do 4T23 – Resultados gerais ligeiramente abaixo das expectativas; distribuição de dividendos e bônus em ações anunciados

A Alupar reportou um EBITDA regulatório de R$617 milhões (-0,2% ano a ano, excluindo resultado de equivalência patrimonial), 4,0% abaixo da nossa estimativa e 5,1% abaixo do consenso. O resultado líquido foi de R$157 milhões (-1,3% ano a ano), em linha com nossa estimativa e 17,9% abaixo do consenso. A empresa também propôs (i) a distribuição de dividendos de R$0,78/unit (dividend yield de 2,6%), implicando em um payout de 55% para 2023; além de (ii) um bônus em ações de 4,0% (através da capitalização de reservas de investimento), ambos a serem aprovados na assembleia geral de acionistas (19 de abril).
Nossa opinião. Boa surpresa com o anúncio de bonificação. Embora os resultados operacionais tenham ficado ligeiramente abaixo dos nossos números (4,0% abaixo), consideramos a combinação da distribuição de dividendos anunciada e dos bônus em ações como uma surpresa positiva no trimestre. O bônus em ações anunciado é relativamente pequeno, mas deve melhorar marginalmente a liquidez das ações. Temos uma recomendação neutra para a Alupar, principalmente por causa de valuation. Estimamos uma TIR de 8,8% para a empresa e um rendimento médio de dividendos de 4,1% para 2023-2025, considerando um payout de 50%. O início dos projetos deve impulsionar os resultados operacionais da empresa, reduzindo a alavancagem e abrindo espaço para a distribuição de dividendos ou para futuros projetos de crescimento.

Telefônica Brasil: Vivo Day 2024 – Aumentando sua proposta de valor

A Telefônica Brasil realizou ontem (5 de março) o seu Investor Day, no qual a empresa revisou a trajetória dos últimos anos e apresentou as tendências e novas iniciativas para o futuro. Em linhas gerais, a estratégia da empresa está focada em agregar soluções de produtos e serviços para os clientes, o que aumenta a proposta de valor da Vivo, reduz o churn e melhora o crescimento da receita. Destacamos também a reformulação do aplicativo da Vivo (incluindo uma seção dedicada ao Vivo Pay) e o compromisso reiterado com a remuneração dos acionistas (payout acima de 100%). Mantemos nossa recomendação Neutra para a Telefônica Brasil (PA de R$57,5/ação), pois acreditamos que o crescimento proveniente dessas iniciativas deve ser gradual e vemos um upside limitado nos atuais níveis de valuation.

RaiaDrogasil – Resultados do 4T23 – Maiores despesas com vendas resultam em perda de EBITDA
A RaiaDrogasil registrou uma queda de 7% no EBITDA, principalmente devido a despesas de vendas mais altas do que o esperado. Em termos de margem EBITDA, houve uma queda de 73bps em relação ao ano anterior devido a: (i) desaceleração do crescimento de lojas maduras, resultando em uma menor diluição de despesas; e (ii) ganhos tributários no 4T22 que impactaram positivamente as despesas de SG&A. Vale ressaltar também que a produtividade das lojas continuou a melhorar (+5% a.a.) e que a empresa registrou um crescimento robusto nos dois primeiros meses de 2024 (+18% a.a.). Por fim, o resultado final foi de R$285 milhões, uma queda de apenas 5% em relação ao ano anterior, mas 7% acima da nossa estimativa, impulsionado por um resultado financeiro melhor do que o esperado.
Nossa opinião. Vemos o resultado como negativo devido à pressão maior do que a esperada sobre a margem EBITDA. No entanto, o início de 2024 parece inspirador, com um crescimento robusto de 18% em relação ao ano anterior, que se compara ao crescimento de 12% em janeiro, de acordo com a Sindusfarma. No entanto, mantemos nossa recomendação Neutra e o preço-alvo de R$ 30,7/ação, pois acreditamos que as ações estão com preços justos, com um P/L de 33x em 2024E em comparação com sua média histórica de 33x.

PetroReconcavo: resultados do 4T23 – EBITDA abaixo do esperado devido a despesas operacionais mais altas do que o previsto
Os resultados operacionais da PetroReconcavo no 4T23 foram impactados negativamente pelas restrições de escoamento de gás e óleo no ativo Potiguar, que não só limitaram o crescimento da produção, mas também tiveram um impacto maior do que o previsto nas despesas. O EBITDA trimestral de R$247 milhões foi 35% menor em relação ao trimestre anterior e 22% abaixo de nossa estimativa, principalmente devido a despesas de armazenamento e logística para parte das vendas de petróleo do ativo Potiguar, bem como custos de estoque de petróleo vendido no trimestre que foram maiores do que esperávamos. O lucro líquido de R$187 milhões foi 29% maior em relação ao trimestre anterior e acima da nossa estimativa de R$130 milhões, uma vez que a perda no resultado operacional foi mais do que compensada por ganhos cambiais acima do esperado e pelo uso de créditos fiscais. Olhando para o futuro, os problemas com a infraestrutura de terceiros no estado do Rio Grande do Norte parecem ter sido resolvidos e, juntamente com o esperado início da operação da planta de tratamento de gás na Bahia, devem ter um impacto favorável nos lucros.

Itaú Unibanco: A equação do forte poder de ganhos; aumento da preço-alvo para R$41/ação
Nos últimos anos, o Itaú superou seus pares não apenas no crescimento dos resultados, mas também na capacidade de oferecer qualidade e consistência superiores. O banco conseguiu sustentar um ROE de +20%, desvinculando-se do Bradesco e do Santander Brasil no último ciclo.
No futuro, vemos poder de ganhos suficiente para que o banco continue expandindo sua lucratividade e aumente o retorno excedente para os acionistas. Acreditamos que há uma boa assimetria nas projeções para os próximos anos, pois observamos que o custo do risco atingiu o pico em 2023, com espaço significativo para cair em 2024-25, o que poderia ser altamente gerador de valor para o resultado final. Em um exercício simples, cada redução de 20 pontos-base no custo de crédito deve acrescentar ~R$ 1 bilhão ao lucro líquido.
Nosso novo preço-alvo de R$41/ação (de R$37/ação) oferece 22% de aumento em relação aos níveis atuais, avaliando o banco a múltiplos justos de 8,5x o P/L futuro de 12 milhões e 1,94x o P/BV, usando um Ke de 13,8% (de 15,3%) e ROE de longo prazo de 20%. Vemos o banco sendo negociado atualmente a 7,6x P/L olhando para 12 meses e 1,58x P/VP atual. Reiteramos nossa recomendação de Compra, e o Itaú continua sendo nossa escolha preferida entre os grandes bancos, seguido pelo Bradesco, embora a B3 seja nossa principal escolha em finanças no Brasil.
Principais riscos para nossa tese: Forte deterioração das condições macroeconômicas, qualidade dos ativos pior do que o esperado, mudanças regulatórias e concorrência irracional.

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