Fed deve reduzir estímulos no 1º semestre de 2022

Após uma semana com holofotes sobre política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, o Banco Safra divulgou projeções sobre os juros da economia americana, com base na última decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

Usada como instrumento para controle da inflação e estímulo à geração de empregos, a taxa de juros controlada pelo Fed teve seu intervalo mantido entre 0% e 0,25%.

Segundo o Safra, o Fed deve diminuir compra de ativos (títulos de bancos privados, por exemplo) em 2022, já no primeiro semestre, reconhecendo a provável aceleração da reabertura da economia, na esteira da bem sucedida campanha de vacinação contra a covid-19.

Como consequência, o Safra prevê aumento na taxa básica de juros pelo Fed em 2023.

Ambas medidas reduzirão estímulos à economia e realizarão a chamada normalização da política monetária.

A relação entre juros, inflação e emprego

Assim como com quase todos os países do mundo, os EUA sofreram economicamente com a pandemia de covid-19, lançando mão de duras medidas de distanciamento social para impedir o avanço da doença.

Milhões de pessoas ficaram desempregadas e, com a redução do consumo, a inflação desacelerou.

Manter a taxa básica de juros baixa é uma forma de reaquecer a economia, incentivando investimentos do setor privado e o consumo.

A perspectiva de melhora da pandemia junto à aprovação de um pacote de estímulos econômicos do governo americano de US$ 1,9 trilhão fez a expectativa de crescimento econômico para 2021 saltar de 4,2% para 6,5%.

Nesse cenário, a taxa de desemprego poderá ir a 4,5% até o final do ano e a inflação alcançaria 2,4%. A meta de inflação do Fed para os EUA é de 2%.

Uma vez atingida a meta inflacionária e ajudado a economia a se reerguer, o Fed pode iniciar um ciclo de alta nos juros.

Todos os detalhes da análise do Banco Safra sobre os juros dos EUA podem ser conferidos por este link.