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Setor de saneamento diversifica captação com debêntures incentivadas

Até maio deste ano, já foram aprovadas R$ 3 bilhões em propostas de debêntures incentivadas, frente a R$ 2,8 bilhões emitidos em 2021

Saneamento

O novo marco do saneamento determina a universalização dos serviços de água e esgoto no País | Foto: Getty Images

O uso de recursos privados para financiar a ampliação do saneamento no Brasil cresceu significativamente após a aprovação do Marco Legal do Saneamento, em meados de 2020. Nesse sentido, destaca-se a captação de recursos via debêntures incentivadas, cujo volume emitido em 2022 pelo setor já ultrapassou o montante registrado em 2021.

Até maio deste ano, já foram aprovadas R$ 3 bilhões em propostas de debêntures incentivadas, frente a R$ 2,8 bilhões emitidos em 2021 inteiro. Há ainda 7 propostas de debêntures que aguardam análise do Ministério do Desenvolvimento Regional, que totalizam R$13,8 bilhões.

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Além de grandes grupos privados do setor, empresas estatais também vêm captando recursos através das debêntures incentivadas, a exemplo da Sanepar (PR), Copasa (MG), Saneago (GO) e Sabesp (SP).

Marco do saneamento determina a universalização dos serviços de água e esgoto

O novo marco do saneamento determina a universalização dos serviços de água e esgoto no País, o que significa uma cobertura de 99% no abastecimento de água e 90% na coleta e tratamento de esgoto pelas concessões.

A meta tem prazo até 2033 e demandará pesados investimentos por parte das companhias estatais e privadas. Desse modo, diversificar a fonte de recursos será fundamental para essas companhias. Porém, antes mesmo da aprovação do marco legal, os recursos do BNDES para o setor já vinham se reduzindo, levando as companhias a buscarem recursos privados.

Diferentemente do setor elétrico, no qual o investidor já está bem familiarizado com o processo de emissão de debêntures, o setor de saneamento emite papéis a um prazo menor, o que não condiz com alguns projetos de maior duração.

O desafio nos próximos anos será alongar esse prazo na emissão, trazendo mais conforto de caixa para as companhias. Por enquanto, há expectativa no mercado de captações bilionárias após os recentes leilões da Cedae no RJ e as concessões no Amapá e Alagoas.

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