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1ª dose da Pfizer reduz risco de infecção em 51,4%

Pesquisadores de Israel constatam eficácia de mais de 50% já na primeira dose da vacina, após o 13º dia da aplicação

Vacina

Efetividade para casos sintomáticos de covid-19 é de 54,4%, segundo o estudo realizado em Israel | Foto: Getty Images

A primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech reduz em 51,4% o risco de infecção pelo novo coronavírus entre o 13º e o 24º dia após a aplicação, segundo um estudo publicado na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association). Já a efetividade para casos sintomáticos de covid-19 é de 54,4%, segundo o estudo realizado em Israel.

A pesquisa foi feita entre os dias 19 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro deste ano e fez uma análise comparativa de dados de 503.875 pessoas. Os pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Tel Aviv e do Centro de Pesquisa e Inovação do Instituto Maccabi analisaram dois intervalos de tempo após a aplicação da primeira dose do imunizante: do 1º ao 12º dia e do 13º ao 24º dia.

Entre os 3.098 casos confirmados de covid-19 na amostra analisada, 2.484 ocorreram nos 12 primeiros dias, enquanto 614 dos testes RT-PCR positivo se deram no período que vai do 13º e 24º dia. Respectivamente, a taxa de incidência do coronavírus para cada um dos dois períodos foi de 12,07 e de 6,16 — ou seja, para cada cem mil pessoas, houve 43,41 infecções no primeiro intervalo de tempo e 21,08 no segundo.

Efetividade da vacina da Pfizer

Desse modo, a efetividade calculada pelos pesquisadores para a vacina americana 13 dias após a aplicação da primeira dose é de 51,4%. O estudo realizado em Israel não analisou o desempenho da vacina americana após a segunda dose.

Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), quando há um número de pessoas vacinadas com a primeira dose, já há um encaminhamento considerável para um “controle eficiente da pandemia”. Principalmente, segundo ela, em se tratando da primeira dose do imunizante da Pfizer/BioNTech, que oferece proteção similar à conferida por duas doses de vacinas como a Coronavac, do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Ainda assim, a infectologista reforça que é necessário continuar conscientizando a população sobre a necessidade de tomar a segunda dose para diminuir ainda mais o risco de infecção pelo novo coronavírus. “Mesmo com esse resultado bom da primeira dose, é necessário que se tenha uma segunda dose, para garantir uma proteção depois em torno de 90% de eficácia [no caso do imunizante da Pfizer/BioNTech]”, diz Stucchi. (AE)

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