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São Paulo aplica uma vacina a cada três minutos

Governador João Doria lança "vacinômetro", ferramenta digital que exibe em tempo real o total de vacinados no Estado

Vacinação em SP

O governador João Doria acompanhou a vacinação em Santos e diversos outros municípios, sempre com críticas ao governo federal / Foto: AE

O Estado de São Paulo vacinou um profissional de saúde a cada três minutos entre domingo e esta quarta-feira, 20, até as 13h46.

Para divulgar a aplicação das vacinas Coronavac fornecidas pelo Instituto Butantan, o governador João Doria lançou um site batizado Vacinômetro.

A ferramenta digital que mostra em tempo real o número de vacinados nos 645 municípios do Estado, incluindo Campinas.

Na sexta-feira, 22, o governo de São Paulo deve anunciar nova classificação do nível de risco das diferentes regiões do Estado, com base no nível de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva., entre outros critérios.

“Esse é um esforço coordenado pela Secretaria de Saúde do Estado, com estrutura, logística, com produtos, com seringas, com agulhas, com equipamentos de proteção individual, com insumos, com programa de treinamento de mais de 18 mil profissionais, com 5 mil pontos de doses e que serão ampliados para 10 mil tão logo tenhamos um volume maior de vacinas”, disse o Governador João Doria.

A imunização no Estado teve início no domingo, com as primeiras doses aplicadas no Hospital das Clínicas de São Paulo.

Profissionais de saúde e idosos primeiro

Inicialmente estão sendo atendidos profissionais de saúde, idosos com mais de 60 anos e pessoas com deficiência vivendo em instituições de longa permanência, indígenas aldeados e quilombolas. Estes públicos são prioritários considerando os critérios de exposição de infecção e risco para agravamento ou óbito pela doença.

O Governador João Doria reforçou que a imunização dos quilombolas que vivem no Vale do Ribeira começa no sábado, dia 23.

“Lamentavelmente a população quilombola foi excluída do programa nacional de vacinação pelo Governo Federal. Em São Paulo, os quilombolas serão vacinados. Não é um fato novo”, frisou. Já a imunização dos indígenas aldeados terá início na sexta-feira,22.

Até esta quarta-feira, 500 mil doses da vacina contra o coronavírus foram distribuídas em 13 diretorias regionais de saúde em todo o estado, totalizando 123 municípios atendidos.

Também nesta quarta serão distribuídas outras 125 mil doses de vacinas a outros 76 novos locais. A expectativa é que os 645 municípios do Estado recebam o quantitativo de vacina do Butantan dentro do Programa Nacional de Imunização.

“Isso é importante porque os municípios estão realmente ansiosos e trabalhando freneticamente para vacinar a população”, citou a Coordenadora do Controle de Doenças da Secretaria de Saúde do Estado, Regiane de Paula. Diariamente, a Secretaria de Saúde divulgará os próximos destinos e quantitativos, dando transparência aos estoques previstos para cada local.

A divisão das grades de vacinas foi baseada no quantitativo proporcional previsto para São Paulo conforme o programa nacional de vacinação. O total de 1,5 milhão de doses é a referência para trabalhadores de saúde baseado na última campanha de vacinação contra a gripe. Esta mesma referência é utilizada para cálculo das grades regionais e para cada cidade.

A campanha de imunização contra a COVID-19 em São Paulo será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a COVID-19 serão divulgadas pelo Governo de São Paulo.

Atualização dos casos

A taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) está em 70% em todo o estado. O número atualizado desta quarta-feira é de 1.658.636 casos positivos de coronavírus, com 50.652 óbitos. A média móvel dos últimos sete dias está em 11.645 casos novos, com aumento de 7% em relação à semana anterior.

“Gostaríamos de vacinar mais, muito mais, mas frente esse quantitativo limitado de doses, tivemos que priorizar os profissionais trabalhadores da área de frente da COVID-19. Não podemos perder estes profissionais ou afastar estes profissionais que tanto precisamos nesse momento, principalmente agora nessa recrudescência da pandemia no nosso estado”, disse o Secretário de Saúde do Estado, Jean Carlo Gorinchteyn.

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