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Mario Mello

Ter dois celulares e deixar as contas bancárias em casa

A ideia de carregar duas carteiras, sendo uma para ceder em caso de assalto, começa a ser aplicada ao telefone celular

telefones celulares

Por medo de assaltos, muitos consumidores optam por ter dois celulares, sendo um deles para ceder ao ladrão | Foto: Getty Images

Por esses dias encontrei um amigo que há tempos não via. Conversa vai, conversa vem, ele me perguntou sobre qual celular oferecia melhor custo benefício. Falei o que achava, dei minha opinião, mas fiquei intrigado: “Você me perguntou de celular, mas vi que você está com um modelo atual”. E ele: “É que vou colocar todos os aplicativos de bancos em um, deixar em casa, abrir uma conta digital e deixar no aparelho que anda comigo, onde vou depositar alguns poucos reais”, explicou.

Esse tema me deixou ainda mais curioso. Claro que eu e todo mundo estamos cansados de ver e ouvir todos os dias a forma como têm agido as quadrilhas que roubam celulares para, a partir dos dados bancários da pessoa, fazer transferências de todos os tipos.

A partir dessa conversa, resolvi me aprofundar no tema e descobri que faz todo sentido ter dois celulares. Me lembrou dos tempos do meu pai e avô, quando andavam muitas vezes com duas carteiras, a de uso e a do bandido. Em caso de assalto ofereciam a que tinha menos dinheiro. É uma triste realidade a que vivemos, pior ainda quando sabemos que muitas vidas se perdem por causa disso.

Falei com várias pessoas, algumas especializadas em golpes e fraudes, que trabalham com esse segmento. Eu já botei em prática a estratégia e estou convencido de sua eficácia. Desta forma, vou aqui dizer de que maneira fiz: primeiro ressuscitei um aparelho antigo. A lógica é que um fique em casa e o outro siga comigo. No de casa instalei todos os aplicativos que considerei sensíveis, como de bancos onde tenho contas, de investimento e de carteiras virtuais, por exemplo. O APP do Safra fica no celular de casa. Já no celular que andará comigo deixei os aplicativos mais comuns, como os de comunicação, e vou usar a solução AgZero (o banco digital do Safra).

Na conta do AgZero vou deixar algum recurso para o caso de uma necessidade ou para – toc toc toc – servir como “segunda carteira” caso haja a situação de ter o aparelho roubado ou furtado.

Outro ponto importante é colocar a funcionalidade tempo de uso com outra senha, diferente da senha para desbloquear o cartão. Já realizei esse procedimento também. Mas como me disse um especialista, as pessoas do mal estão sempre um passo à frente.

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Mario Mello é diretor Digital do Banco Safra. Formado em engenharia civil pela Escola Politécnica da USP, ele possui grande experiência em tecnologia e foi diretor geral da América Latina do PayPal, serviço de pagamentos, compras e vendas online fundado por Elon Musk.

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