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Telefônica deve ter recuperação gradual

Dona da operadora de celulares Vivo deve manter trajetória ainda com fraco desempenho de receita, diz análise do Banco Safra

Telefonica

Líder do mercado de telecomunicações, empresa surpreende com resultados sólidos e tamanho das sinergias com a GVT, diz o Safra | Foto: Divulgação

A Telefônica Brasil S.A. é a maior empresa de telecomunicações do país, com atuação em âmbito nacional e ampla oferta de serviços. A dona da operadora de telefonia móvel Vivo deve manter uma trajetória de recuperação gradual, mas ainda com fraco desempenho de receita, segundo análise dos especialistas do Banco Safra.

Os efeitos da covid-19 ainda devem se refletir no resultado da empresa no comparativo anual, principalmente nas receitas, que devem continuar apresentando deterioração acelerada.

A reabertura parcial de lojas e a aceleração dos novos clientes no segmento móvel devem permitir um crescimento das receitas de serviço móvel de 2% no ano, e de 4,7% no quarto trimestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além disso, a melhoria no mix de banda larga fixa deve permitir que as receitas de banda larga alcancem crescimento anual de 2,8%, mitigando o impacto negativo da queda das receitas do negócio. Com isso, as receitas totais de serviço podem diminuir 1,2% no ano.

Em relação às despesas operacionais, os analistas consideram que os números estão sob controle (crescendo menos que a inflação), o que deve levar a margem EBITDA para 41,2%.

Os especialistas esperam queda de 3,3% no EBITDA para R$ 4,68 bilhões, mas com melhora sequencial em comparação ao trimestre anterior (+ 8,3% no trimestre).

Projeção de lucro líquido 2,9% maior

A expectativa é de que o lucro líquido recorrente da VIVO cresça 2,9% no ano, devido a menores provisões para imposto de renda, e 18,5% no quarto trimestre de 2020, em comparação a igual período do ano anterior.

Líder de mercado de telecomunicações, com estratégia orientada à qualidade, portfólio premium e bom mix de clientes, a empresa vem apresentando resultados sólidos e positivos, surpreendendo na velocidade e no tamanho das sinergias com a GVT.

Como líder em clientes premium, a empresa geralmente cobra tarifas acima de seus concorrentes, dizem os analistas, destacando que um risco seria a concorrência se tornar mais agressiva nos preços.

Outro aspecto seria a competição se tornar capaz de aumentar a percepção da proposta de valor e qualidade com os clientes, diminuindo essa vantagem competitiva da Telefônica.

A Telefônica Brasil S.A. tem quase mais de 95 milhões de clientes, sendo 73 milhões de clientes na operação móvel e 22 milhões de clientes na operação fixa. Leia a íntegra da análise do Safra sobre a Telefônica.

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