Rede D’Or estreia em alta, em dia positivo na B3

O primeiro dia de negociações de ativos da Rede D’Or (RDOR3) na B3 rendeu bons frutos para a empresa.

A ação encerrou a quinta-feira (10 de dezembro) ao preço de R$ 62,23, com valorização de 7,4% sobre o preço inicial estipulado pelos controladores, de R$ 57,92.

A companhia do ramo de saúde protagonizou o terceiro maior IPO (oferta inicial de ações) da história da bolsa brasileira, com captação de R$ 11,4 bilhões.

O valor de mercado da Rede D’Or com a abertura de capital superou os R$ 100 bilhões.

Expansão da Rede D’Or

A Rede D’Or deverá usar o capital levantado para continuar seu projeto de expansão pelo país com aquisições de hospitais e clínicas oncológicas. Nos últimos anos, a empresa comprou 37 unidades.

Futuramente, a empresa também deve construir novos complexos. Atualmente, a Rede D’Or tem 51 unidades próprias, um sob administração e 32 projetos em desenvolvimento distribuídos em nove estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Maranhão, Paraná e Ceará e no Distrito Federal. 

Ibovespa a 115.128 pontos

A ação da Rede D’Or acompanhou a onda positiva da Bolsa brasileira no dia. O Ibovespa, principal índice da B3, subiu para 115.128 pontos, com avanço de 1,88%.

Entre os fatores que ajudaram o dia de realizações está uma evolução nas chances de votação da Lei de Diretrizes Orçamentária – que deve ocorrer na semana que vem – e melhor perspectivas quanto à imunização da população contra a covid-19.

Nas notícias sobre vacina, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o Instituto Butantã começou a produzir na quarta-feira, dia 9, a Coronavac, com capacidade de entrega que chegará a 1 milhão de doses por dia.

Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou nesta quinta-feira uma resolução com regras para permitir o uso emergencial de vacinas.

Alguns dos demais destaques no pregão ficaram com as ações de primeira linha do setor financeiro, que também tiveram altas fortes.

Itaú Unibanco PN avançou 3,31% enquanto Bradesco PN, 4,12%, Banco do Brasil ON, 5,20% e as units do Santander, 2,33%.

Dólar se aproxima de R$ 5

O vento favorável também se refletiu no câmbio, com valorização do real. O dólar fechou a quinta-feira em R$ 5,03, na menor cotação desde o dia 12 de junho, quando foi a R$ 5,00 após uma breve temporada abaixo deste patamar.

Fatores técnicos, incluindo um leilão extra de swap cambial (espécie de venda de dólares no mercado futuro) do Banco Central, além do noticiário positivo doméstico sobre vacinas contra o coronavírus e a perspectiva de que os juros podem voltar a subir mais cedo em 2021, o que em tese é positivo para atrair dólares ao Brasil, fez o real ganhar força em todo o pregão de hoje.

A divisa brasileira terminou o dia com o melhor desempenho em uma cesta de 34 moedas mais líquidas, em meio a relatos de reforços nos fluxos externos ao Brasil, não só para a Bolsa, mas também para participar do leilão do Tesouro.

(Com AE)